25.4.10

ASSINE A PETIÇÃO: http://petitiononline.com/xg2010/petition.html


Vejam a mensagem que recebi do Claudemiro Soares:

Caros amigos,
É com prazer e entusiasmo que compartilho convosco minha iniciativa no sentido de promover o reconhecimento e o respeito às pessoas que voluntariamente abandonam a homossexualidade e optam por viver segundo o padrão heterossexual. Acredito que essa opção seja um direito humano e, por isso, ninguém pode ser impedido de mudar a própria orientação sexual. Além disso, estou certo de que o Estado deve informar a seus cidadãos quanto à possibilidade de mudança e promover a inclusão das pessoas que mudam da homo para a heterossexualidade. Apesar disso, é lamentável que o Governo brasileiro ainda não tenha despertado para esse necessidade e, consequentemente, os chamados "ex-gays" permanecem sofrendo o preconceito, a discriminação e o escárnio da sociedade.
Agora podemos mudar essa situação. Basta que você acesse olink abaixo e assine a petição que será encaminhada aos Deputados e Senadores com vistas à promover a inclusão dos ex-gays, ex-lésbicas, ex-bissexuais e ex-travestis nas políticas de combate ao preconceito e à discriminação. Acesse agora mesmo esse link e faça a sua parte.
Abraços.
Claudemiro
Link:
http://www.petitiononline.com/xg2010/petition.html
 
Passo a passo:
1. clique no link ou copie na sua barra de navegação
2- clique em "click here to sign petition"
3- preencha seu nome e e-mail (se quiser, deixe algum comentário em "comments"
4-clique em "preview your signature"
5-clique em "aprove ysignature"


Abaixo, a carta do Claudemiro, por ocasião da ida do Ministro Vanucci à Câmara dos Deputados Federais, no dia 20 de abril de 2010.

Excelente, o posicionamento das Frentes Parlamentares evangélica e católica, por ocasião da ida do Ministro Vanucci à Câmara dos Deputados Federais, no dia 20 de abril de 2010! Segundo os comentários dos presentes, destacamos a participação do Deputado Federal de Minas Gerais, Miguel Martini. Parabéns Minas Gerais, pelo seu Deputado!
Brasília, 20 de abril de 2010.

Ao Ministro da SEDH
Excelentíssimo Senhor Paulo Vanucci


Em primeiro lugar, parabenizo-lhe pela disposição em promover a defesa dos direitos humanos em nosso País. Além disso, parabenizo-lhe, também, pelo interesse na promoção dos direitos civis de minorias e grupos historicamente excluídos pela sociedade brasileira e pelo Estado, notadamente a comunidade formada por lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis (LGBTT).
Embora reconheçamos a importância das políticas públicas que promovem os direitos civis da comunidade LGBTT, entendemos que existe um grupo de pessoas que ainda permanecem excluídas da proteção estatal: os ex-gays. Desse modo, percebemos que o reconhecimento da diversidade sexual e o discurso em defesa do respeito à livre orientação sexual permanecem apenas no campo das idéias e do discurso. Diante disso, entendemos que se faz necessária a ampliação do conceito de diversidade sexual, de modo que todos os sujeitos recebam um tratamento isonômico e tenham garantido o direito à cidadania plena.
Promover a inclusão dos ex-gays nas políticas públicas de combate ao preconceito e à discriminação é um imperativo moral para o estado brasileiro, de modo que nosso país possa ser reconhecido internacionalmente pela tolerância de seu povo e pelo empenho de seus governantes na promoção dos direitos humanos. Desse modo, ao incluírem-se expressamente os ex-gays como uma orientação sexual distinta de tantas outras que compõem a variação da sexualidade humana, estamos avançando no reconhecimento estatal quanto aos direitos humanos daqueles que voluntariamente e por meios diversos mudaram a orientação sexual.
Informar à sociedade quanto à possibilidade de mudança da orientação sexual constitui um direito dos cidadãos e uma obrigação do estado, haja vista que nenhum povo pode tornar-se uma grande nação sem o acesso irrestrito à informação.
Desconstruir os estereótipos a respeito das pessoas que mudam de orientação sexual representa um passo importante para a construção de uma sociedade pluralista, fraterna e justa. Além disso, a desconstrução de mitos e preconceitos quanto à mudança de orientação sexual pode aproximar as pessoas e torná-las mais tolerantes com a diversidade sexual que caracteriza a humanidade.
Um estado que se declara democrático não pode ignorar preconceitos, nem tolerar a discriminação e a exclusão social de grupos minoritários. Apesar disso, é com tristeza que constatamos que nenhuma política pública no Brasil reconhece ou promove os direitos de homens e mulheres que se declaram ex-gays, ex-lésbicas, ex-bissexuais, ex-travestis. Desse modo, basta que um indivíduo mude de orientação sexual e/ou identidade de gênero para que seja tratado com um cidadão de segunda classe... ignorado pelo Estado e excluído pela sociedade.
Como podemos reconhecer a diversidade sexual e promover o respeito à livre orientação sexual se os homossexuais que se tornam heterossexuais sofrem com o preconceito da sociedade e a exclusão das políticas públicas que visam a dar visibilidade às diversas identidades de gênero e orientações sexuais?
Sabemos que diversos especialistas afirmam que qualquer indivíduo pode mudar voluntariamente a própria orientação sexual. Até mesmo os maiores expoentes dentre aqueles que militam na defesa dos direitos LGBTT reconhecem essa possibilidade e atestam conhecer inúmeros casos de pessoas que efetivamente realizaram essa mudança.
O Dr. Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, em suas Crônicas de um Gay Assumido, afirma que as pesquisas científicas e sua experiência pessoal convivendo com milhares de homossexuais provam que “existem sim ex-homossexuais.”
De acordo com o Dr. Luiz Mott, sua experiência e as pesquisas científicas confirmam que “ninguém está inexoravelmente preso a um destino sexual”. Ele destaca, ainda, que existem “inúmeros casos documentados” de pessoas que mudaram a orientação sexual. Assim, o antropólogo concluiu que qualquer pessoa pode “experimentar novas performances eróticas e abandoná-las ou persistir naquelas que produzem maior prazer.”
A sexóloga Marta Suplicy, em seu livro Sexo para adolescentes, declarou que os homossexuais podem se tornar heterossexuais se forem “ajustados com tratamento psicológico”. Ela afirma que essa mudança é ainda mais fácil se iniciada precocemente, “antes de a preferência sexual estar firmemente estabelecida.”
Assim como Marta Suplicy, o Dr. Robert Kronemeyer declarou que os homossexuais podem ser ajustados com tratamento psicoterapêutico. Em seu livro Overcoming Homosexuality, ele afirma que aproximadamente 80% dos gays e homossexuais que procuraram voluntariamente esse tratamento conseguiram deixar a homossexualidade e alcançaram um nível satisfatório e saudável de ajustamento heterossexual.
É importante destacar que para a Psicologia o termo ajustado não se refere a uma condição na qual a pessoa não sente nenhum tipo de tensão ou desarmonia. Desse modo, um homem ajustadamente heterossexual pode, eventualmente, sentir-se atraído por pessoas do mesmo sexo sem, contudo, “converter-se” em um homossexual. Da mesma maneira, um ex-homossexual que eventualmente se sinta novamente atraído por outro homem não evidencia que seu ajuste heterossexual seja uma farsa.
Também é importante que se destaque a raridade dos casos em que um indivíduo possui uma orientação sexual “firmemente estabelecida”. Essa tese é sustentada por muitos especialistas, entre eles o Dr. Wunibald Muller. Em seu livro Pessoas Homossexuais, ele declarou que “só em poucos casos a homossexualidade possui raízes profundas na pessoa.”
A Drª. Carmem Dora Guimarães, em seu livro Os Homossexuais vistos por “Entendidos”, constatou que muitos gays não duvidam que possam mudar sua orientação sexual e se casar com uma mulher. Ela constatou que “no discurso de alguns, há referências à possibilidade de um casamento (heterossexual), ter filhos... Um dos entrevistados da Drª. Carmem Dora Guimarães declarou: “não me ponho o problema do futuro. A possibilidade de casar, ter filhos, não é excluída”.
A Drª. Rinna Riesenfeld concorda com a idéia de que seja mesmo possível mudar a orientação sexual. Em seu livro Papai, Mamãe, Sou Gay!, ela diz que “não somos rígidos e fixos, por isso, mesmo que em nós predominem a heterossexualidade ou a homossexualidade, temos a possibilidade de nos relacionar das duas maneiras.”
Para Fabrício Viana, psicólogo e autor do livro O Armário, o desejo é maleável. Ele defende a idéia de que uma pessoa pode ter o desejo sexual orientado por alguém do mesmo sexo em um momento e depois passar a desejar alguém do sexo oposto. O Dr. Viana defende que a mudança de orientação sexual seja possível, desde que o indivíduo voluntariamente manifeste interesse em mudar e empreenda essa mudança. Ele entende que “em sexualidade humana, tudo é possível” e destaca o caso de uma tribo primitiva na qual alguns meninos mudavam a identidade de gênero – de menino para menina – e eram imediatamente aceitos pelos membros da comunidade. Eles poderiam até se tornar amantes de outros homens ou viver junto com uma mulher, se assim desejassem. Nesse caso, como enfatiza o psicólogo: Tudo era possível. E aceito.
Existem ainda muitos estudos nas áreas da Psicologia, Sexologia, Antropologia que comprovam a possibilidade de mudança da orientação sexual. Essa possibilidade é reconhecida também por estudiosos da Sociologia. Marina Castañeda, por exemplo, autora do livro A Experiência Homossexual, declara que “a orientação sexual pode mudar em um dado momento.”
Em sua edição de 16 de maio de 2001, a revista Veja noticiou: “contrariando a tradição, uma pesquisa apresentada pelo psiquiatra Robert Spitzer, da Universidade Colúmbia, eletrizou o congresso [da Associação Americana de Psiquiatria] com uma afirmação de grande repercussão: que os homossexuais podem tornar-se heterossexuais, se tiverem disposição para isso.”
De acordo com Veja, a conclusão do Dr. Spitzer está fundamentada no resultado de uma pesquisa realizada com 200 homossexuais que procuraram ajuda para mudar de orientação sexual. Ainda de acordo com a revista, os dados da pesquisa confirmam que “66% dos homens e 44% das mulheres conseguiram de fato.”
Antes que alguém imagine que o Dr. Spitzer faça parte de alguma organização homofóbica, é importante ressaltar que para a revista Veja, ele é um cientista acima de qualquer suspeita de animosidade anti-gay. A revista destacou que o Dr. Spitzer leciona em uma das maiores universidades americanas e foi presidente da comissão de especialistas que retirou o homossexualismo da lista de doenças mentais da Associação Americana de Psiquiatria no início dos anos 70.
Veja destacou ainda que os psiquiatras ficaram impressionados com a pesquisa do Dr. Spitzer porque “desde os anos 70 a Psiquiatria americana aceitou como dogma a tese de que terapias para mudar a orientação sexual carecem de bases científicas.”
Nesse contexto, notamos que é possível mudar a orientação sexual. Além disso, percebemos que essa idéia não é compartilhada apenas por fundamentalistas religiosos e pessoas “leigas”. Pelo contrário, especialistas do Brasil e do mundo atestam que as pessoas podem e mudam a orientação sexual.
Apesar disso, os meios de comunicação e as políticas públicas ignoram esse fato e mantêm excluídos de seus programas aqueles que mudam da homossexualidade para a heterossexualidade.
No que se refere especificamente aos diversos veículos de comunicação, os ex-homossexuais são representados por meio de caricaturas patéticas e fraudulentas e, desse modo, fomentam-se o preconceito e a discriminação contra essa minoria.
As atitudes preconceituosas e discriminatórias contra os ex-homossexuais causam nesses indivíduos os mais severos problemas psicológicos e expõem seus cônjuges e filhos ao escárnio da sociedade. Desse modo, diversas famílias sofrem a violência daqueles que insistem na tese de que a sexualidade humana é estática e imutável. Diante disso, notamos a dificuldade estatal na promoção dos direitos humanos aos diversos grupos sociais que integram a sociedade brasileira.
Certo de que estamos diante de uma oportunidade ímpar para transformar o Brasil numa sociedade pluralista, fraterna e justa, solicito-lhe gentilmente que as pessoas que mudam de orientação sexual sejam incluídas expressamente nos planos e programas governamentais que visem a combater o preconceito e a discriminação.



Claudemiro Soares Ferreira
Especialista em Políticas Públicas e escritor,
autor do livro Homossexualidade Masculina: escolha ou destino?

Um comentário:

  1. Anônimo3:00 AM

    Excelente iniciativa! É muito bom ver pessoas lutando pelos direitos da liberdade de mudar quando não se está se sentindo bem com sua sexualidade e ser respeitado por isso.

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