19.9.10

Programa Nacional [de Perseguição Religiosa sob pretexto] de Direitos Humanos

Programa Nacional [de Perseguição Religiosa sob pretexto] de Direitos Humanos


Este artigo, escrito por católicos, se aplica a todos os cristãos evangélicos.

Denúncia: O Fundamentalismo Ateu
Um espectro que ameaça o Brasil

Em nome de uma ideologia que nega Deus e diviniza o homem, o fundamentalismo ateu quer acabar com qualquer vestígio de Religião e de Moral no Estado e na sociedade moderna.

Por isso, deformando o verdadeiro conceito de direitos humanos, o fundamentalismo ateu destrona a Deus e desconhece seus Mandamentos, fazendo do próprio homem e dos caprichos da liberdade humana o supremo juiz do bem e do mal, do justo e do injusto, do louvável e do repreensível.

Não reconhecendo a ordem posta por Deus no Universo e a natureza humana, o fundamentalismo ateu advoga:

. Morticínio das crianças no seio materno, em nome de um suposto direito das mulheres a dispor de seu corpo, o que lhes permitiria gozar livremente da sexualidade;

. Legitimação da prostituição como meio honesto de ganhar a vida;

. Equiparação das uniões homossexuais à instituição sagrada da família, pretendendo até entregar crianças inocentes para serem adotadas por homossexuais;

. Invasão das propriedades, para satisfazer a cobiça de pessoas que se recusam a ganhar o pão com o suor de seus rostos;

. Proteção dos criminosos e a limitação dos meios de ação das forças policiais.

Mais ainda, por ser incapaz de conter qualquer renascimento religioso nas novas gerações, o fundamentalismo ateu quer eliminar dos lugares públicos todo símbolo religioso, para que os cidadãos acabem esquecendo-se de Deus e não Lhe agradeçam tudo que a Ele devem.

Instrumentalizando a Lei e a Justiça, e ameaçando com pesadas sanções penais e multas, o fundamentalismo ateu já tem conseguido, em países nos quais outrora predominava o espírito cristão:

. Obrigar os hospitais católicos a praticar abortos (Colômbia) e forçar as faculdades de medicina de universidades católicas a ensinar como se fazem os abortos (Espanha);

. Obrigar os farmacêuticos a vender pílulas abortivas (França);

. Forçar os funcionários municipais cristãos a “celebrar” cerimônias de casamento entre homossexuais (Inglaterra);

. Sancionar juízes por terem tomado medidas de precaução para salvaguardar o melhor interesse de crianças que estão sendo adotadas por pseudo-casais homossexuais (Espanha);

. Condenar penalmente fotógrafos por recusarem-se a filmar festas de casamento homossexual (Estados Unidos) e multar igrejas por não alugarem salões paroquiais para a realização de tais festas (Estados Unidos);

. Obrigar escolas católicas ou de outras confissões cristãs a dar aulas de educação sexual, nas quais se ensina que o aborto e a homossexualidade são opções legítimas (Inglaterra);

. Mandar retirar os crucifixos das escolas públicas (Itália).

E que pretexto os legisladores e os juízes alegam para punir os “culpados”?
É um deturpado conceito de Direitos Humanos que – em nome da “não discriminação”, da “libertação da mulher” ou da
“proteção das minorias marginalizadas” – admite como legítimos comportamentos outrora penalizados por contrariarem a Lei de Deus.

Em outras palavras, esse falso conceito ateu de direitos humanos está se transformando no único “dogma” aceito pela sociedade moderna.

Se os ensinamentos de uma religião entram em choque com esse “dogma”, ela passa a ser considerada ipso facto como uma ameaça à ordem pública e ao regime democrático.

O Brasil – que é o maior país católico do mundo – tinha sido até aqui poupado desses conflitos religiosos em que, cada vez mais, vão sendo envolvidos os cristãos da Europa e dos Estados Unidos.

Porém, o Programa Nacional de Direitos Humanos, recentemente lançado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu Secretário para os Direitos Humanos, Sr. Paulo Vannuchi, faz nosso País entrar de cheio nesse conflito entre o fundamentalismo ateu e a religião.

Se não, vejamos:

1 No plano religioso, o PNDH-3 desconhece as raízes católicas da história e da imensa maioria da população brasileira, e abre as portas escancaradamente para a bruxaria e o satanismo.

2 Desrespeitando o direito à vida do nascituro, o PNDH-3 trata sorrateiramente do aborto como “tema de saúde pública”, “garantindo o acesso aos serviços de saúde pública” para a prática do aborto.

3 Visando expressamente desconstruir a célula familiar tradicional, e desconhecendo o direito das crianças de nascer e ser educadas no seio de uma família normal, o PNDH-3 visa “apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo”, “promover ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais homoafetivos” e “reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade”.

4 Equiparando o vício a uma profissão honesta (e desconhecendo que, na maioria dos casos, as prostitutas são escravas de redes de tráfico), o PNDH-3 visa “garantir os direitos trabalhistas e previdenciários de profissionais do sexo por meio da regulamentação de sua profissão” e “realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo”.

5 Numa clara opção socializante, o PNDH-3 propõe “políticas públicas de redução das desigualdades sociais concretizadas por meio de ações de transferência de renda, incentivo à economia solidária e ao cooperativismo, à expansão da reforma agrária, ao fomento da aquicultura, da pesca e do extrativismo e da promoção do turismo sustentável”.

6 Em claro ataque à propriedade privada, o PNDH-3 declara desejar “fortalecer a reforma agrária com prioridade à implementação e recuperação de assentamentos [...] e regulamentação da desapropriação de áreas pelo descumprimento da função social plena”.

7 Golpeando o direito de propriedade, o PNDH-3 privilegia, para resolver os conflitos originados pelas invasões ilegítimas de terras e prédios urbanos, não a aplicação das decisões liminares de justiça, mas a “mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos, priorizando a realização de audiência coletiva com os envolvidos [...] como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares”.

8 Baseado num dogmatismo ecologista sem fundamento na ciência, e que cria obstáculo ao desenvolvimento econômico, o PNDH-3 visa “fomentar o debate sobre a expansão de plantios de monoculturas que geram impacto no meio ambiente e na cultura dos povos e comunidades tradicionais, tais como eucalipto, cana-de-açúcar, soja, e sobre o manejo florestal, a grande pecuária, mineração, turismo e pesca”, assim como “fortalecer políticas públicas de apoio ao extrativismo e ao manejo florestal comunitário ambientalmente sustentáveis”.

9 O Programa visa igualmente desmembrar o Brasil, outorgando enorme autonomia às populações indígenas, sob pretexto de “assegurar a integridade das terras indígenas para proteger e promover o modo de vida dos povos indígenas “ e de “garantir demarcação, homologação, regularização e desintrusão das terras indígenas, em harmonia com os projetos de futuro de cada povo indígena, assegurando seu etnodesenvolvimento e sua autonomia produtiva”.

10 Igualmente, em lugar de favorecer a integração dos silvícolas na vida nacional e fazê-los beneficiários do progresso, o PNDH-3 mantém os objetivos do PNDH-2, que já declarava visar segregá-los num regime de apartheid, implementando “políticas de proteção e promoção dos direitos das sociedades indígenas, em substituição a políticas assimilacionistas e assistencialistas”.

11 O viés totalitário transparece na proposta de “implementar o Observatório da Justiça Brasileira, em parceria com a sociedade civil” e “estimular e ampliar experiências voltadas para a solução de conflitos por meio da mediação comunitária e dos Centros de Referência em Direitos Humanos”.

12 Mesmo a polícia deve ficar sob controle, pois o PNDH-3 propõe “a criação, com marco normativo próprio, de ouvidorias de polícia autônomas e independentes, comandadas por ouvidores com mandato e escolhidos com participação da sociedade civil, com poder de requisição de documentos e livre acesso às unidades policiais”.

Aquilo que em outros países está sendo feito de maneira sorrateira e diversificada, mudando primeiro uma lei a respeito de um tema, depois dando uma sentença arbitrária a respeito de outro, mais tarde assinando um tratado internacional a respeito de um terceiro assunto, no Brasil pretende-se fazê-lo de uma vez só e abarcando de modo unificado todas as áreas da atividade humana.

Julgando talvez o Brasil um país demasiado conservador, o fundamentalismo ateu decidiu aparentemente proporcionar-lhe uma “terapia de choque” com o Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos.

Por esse mecanismo totalitário, está se abrindo na nossa Pátria uma das maiores perseguições religiosas da História.
Senão a maior: porque suas vítimas não serão apenas os seguidores desta ou daquela religião, mas todos os brasileiros de bem que querem respeitar a Lei de Deus, os ditames da justiça natural e sua própria consciência.

Face a essa ameaça, a Igreja Católica no Brasil, que não pode mudar os ensinamentos que recebeu em depósito das mãos de seu divino Mestre, também não pode deixar de evangelizar o nosso povo a esse respeito sem trair sua missão.

Ela não pode, portanto, evitar esse choque com o fundamentalismo ateu e com as estruturas do poder político que o sustentem, nem com aqueles conglomerados da mídia que ditam o “credo” ateu, individualista e hedonista imperante na sociedade contemporânea.

De nós, brasileiros, dependerá o resultado desse entrechoque:. Se nós nos omitirmos e permitirmos que o PNDH-3 seja implementado, os católicos passarão a ser perseguidos, ou pelo menos considerados “cidadãos de segunda classe”, que vivem pachorrentamente num mundo completamente paganizado;

. Se nós resistirmos, estaremos escrevendo mais uma página de glória na história de nossa Pátria e na história da Igreja.
Sirvam-nos de alento nessa conjuntura as luminosas palavras que proferiu o Beato Papa Pio IX quando os revolucionários italianos ocuparam os Estados Pontifícios, invadiram Roma e deixaram o Sumo Pontífice virtualmente prisioneiro no Vaticano:

Papa Beato Pio IX
“A maldade dos homens, excitada pelos demônios, elevou Jesus Cristo sobre o Gólgota, cravado numa cruz: mas foi precisamente sobre a cruz que Jesus Cristo estabeleceu sua Igreja, completando a obra de salvação do mundo. Aquilo não foi uma derrota, mas a primeira vitória. Foi lá que a graça triunfante começou sua obra.

“A partir daí, as oposições e as lutas não deram quartel à Igreja, mas cada luta marcou um triunfo. Porque aquele sangue que correu por todos os lados, inundando e regando sobretudo o solo de Roma, em lugar de extenuar a Igreja, deu-Lhe uma nova força. E longe de eliminar seus discípulos, apenas conseguiu multiplicá-los. O que permitiu chamar esse sangue de semen christianorum, semente de novos cristãos!

“Hoje, não se faz mais a guerra a uma parte apenas da Igreja, ou a apenas um artigo de sua fé, ou a um de seus dogmas. É à Igreja universal que a guerra é declarada. É contra a incredulidade, contra o ateísmo, o materialismo, que a Igreja deve lutar.
“Mas a Igreja de Jesus Cristo, construída sobre a pedra, não será jamais abalada, qualquer que seja a violência da tempestade. Ela tem como garantia a própria palavra desse Deus que disse: Portae inferi non praevalebunt – As portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Fonte: http://www.ipco.org.br/pndh/conteudo/

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