O
USO DE CRIANÇAS EM UMA ESCOLA-LABORATÓRIO
Rozangela Alves Justino[1]
Em março de 2015, participei da CMDCA –
Conferência Municipal do Direito da Criança e do Adolescente, em Luis Eduardo
Magalhães/BA. Ali compartilhei a trajetória que me levou a compreender que as
crianças brasileiras estão em situação de risco social, alertando os presentes
sobre a possibilidade de as escolas estarem se tornando uma espécie de
laboratório em que as crianças seriam usadas com finalidades políticas e
econômicas.
O mundo passa por rápidas mudanças e
transformações na área da sexualidade e meninos e meninas estão na mira dos
engenheiros sociais/sexuais[2]. Para chegar às crianças, o
primeiro passo foi liberar sexualmente as mulheres e empoderá-las ao mesmo
tempo que bombardear a figura masculina até fragilizá-la de forma que o homem
se tornasse dispensável. Desta forma ocorreria a “libertação” da mulher por parte do homem. Para a destruição da família
as próximas vítimas são as crianças que estão sendo trabalhadas para se
libertarem dos pais a partir da sua liberação sexual.
Para ajudar na compreensão das mudanças que
passam pela revolução dos papéis sexuais masculino e feminino, citei autores
como Nolasco (2001), que estudou a violência masculina em sociedades
contemporâneas ocidentais ao alertar que o sistema sócio-político-cultural vem
sendo construído de forma que o homem macho seja apresentado como um ser
violento, representante do próprio mal. Pautado
em diversos autores, dentre eles o filósofo e sociólogo francês Jean
Baudrillard, considerado um dos mais provocativos pensadores da
contemporaneidade, Nolasco (2001) aponta
possíveis responsáveis por detonar o homem neste momento da história mundial: “O
homem heterossexual, considerado herdeiro direto do sistema patriarcal, foi
colocado como inimigo do propósito de liberação sexual representado pelo
movimento de mulheres e gay”. (NOLASCO, 2001, p.187, grifo nosso)
Vejamos o que Baudrilard disse sobre as
mudanças sociais e culturais que todos nós presenciamos nos últimos anos na
área da sexualidade:
A
primeira fase da liberação sexual envolve a dissociação da atividade
sexual da procriação, por intermédio da pílula e outros métodos
contraceptivos – uma transformação com consequências enormes. A segunda fase,
na qual começamos a entrar agora, é a dissociação entre a reprodução e o
sexo. Primeiro, o sexo foi liberado da reprodução; hoje é a reprodução
que é liberada do sexo, por meio de modos de reprodução assexuais e
biotecnológicos, tais como a inseminação artificial ou a clonagem total do
corpo. (BAUDRILARD, 2001, p. 16, grifo nosso)
Nas
universidades e no Congresso Nacional, observamos a evocação do estado laico enquanto sinônimo da morte de Deus,
como se um saber eliminasse o outro. Mas a falsa ciência é que não é compatível
com os seres humanos, independente de crerem ou não em DEUS:
A ‘morte de Deus’ representa mais do que a eliminação do
princípio religioso como um princípio de organização social; ela corresponde à
restrição do uso do universo simbólico e tecnológico e ao mercadológico. Temos
então a recriação do humano segundo a imagem e semelhança da máquina.
Surge o transexual, o transeconômico, o trangênico e o transestético como
representações pós-modernas do sujeito contemporâneo. [BAUDRILLARD, Simulacros e Simulações (1991); Tela total (1997); A Transparência do Mal (1992), segundo NOLASCO, 2001, p. 114-115,
grifo nosso]
Para denunciar as falsas ciências que vêm surgindo na
atualidade, Alan Sokal, professor de Física da Universidade de Nova York,
escreveu um artigo para uma respeitada publicação americana de estudos
culturais sustentando suas idéias com citações de eminentes pensadores
americanos e franceses. Posteriormente, Sokal revelou que o artigo era uma
paródia e que seu objetivo era “denunciar o relativismo pós-moderno que sustenta
a tese de que a verdade objetiva não passa de convenção social” (SOKAL,
2006, grifo nosso). E é esta estratégia política que os movimentos feministas e
gay vêm utilizando sem compromisso com a verdade científica: “[...] Para ser
revolucionária, a teoria feminista não pode pretender descrever o que existe,
ou os “fatos naturais”. Ao contrário, as teorias feministas devem ser
ferramentas políticas, [...] desenvolver teorias estratégicas [...] (OLIVER,
1989, p. 146, segundo SOKAL & BRICMONT, 2006, p. 252)
Para conhecer essas
estratégias políticas, é importante a leitura de autores como Stuart Hall,
Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro e Judith Butler, que publicaram
estudos sobre o surgimento das novas identidades culturais e sociais. Os
novos sujeitos são produtos de uma nova teoria criada especialmente para
derrubar o que chamam de “heterossexualidade compulsória”[3]. Segundo Louro (2004), “A homossexualidade e o
sujeito homossexual são invenções do século XIX. [...] A prática passava a
definir um tipo especial de sujeito que viria a ser assim marcado e
reconhecido” (LOURO, 2004, p.29). A autora acrescenta que “Certamente, essas
estratégias também acabam por contribuir com a produção de determinado ‘tipo’
de sujeito” (p. 52).
As produções acadêmicas ocorridas
nos anos 90 objetivaram uma revolução sócio-cultural. A partir da liberação sexual,
criaram-se novas identidades para desqualificar as identidades sexuais
associadas ao sexo biológico e cientificamente comprovadas: homem (XY) e
mulher (XX). Articulou-se a produção de
teorias e práticas pedagógicas que vêm interferindo na educação infantil,
colocando em situação de risco social crianças e adolescentes que estão sendo
induzidos a se “libertarem de sua identidade sexual masculina ou feminina” e a adotarem
novas identidades inventadas, impulsionadas pela política vigente. Para cumprir
esse intento, foram criadas a teoria da desconstrução social, denominada teoria
queer, e suas “identidades de gênero”,
especialmente encomendadas para a implementação de uma política pedagógica cuja
mais proeminente teórica é a feminista Judith Butler.
A TEORIA DA DESCONSTRUÇÃO SOCIAL: QUEER
‘Queer’ é uma palavra
inglesa que significa torto, estranho, coisa, contra, podendo ainda ser
sinônima de homens e mulheres que praticam sexo com outras pessoas do mesmo
sexo. Na contra capa do livro Um Corpo
Estranho, Louro (2004) declarou que “O demônio, ninguém é mais ‘queer’ do
que ele”. Mais adiante discorre sobre a
teoria ‘queer’ declarando que: “[...] fazem um uso próprio e transgressivo das proposições das quais
se utilizam, geralmente para desarranjar
e subverter noções e expectativas. [...] Produz novas concepções a respeito de sexo, sexualidade, gênero.”
(LOURO, 2004, p.43, grifo nosso)
Louro (2004) pontuou que
foi gestado um movimento politicamente organizado envolvido na construção e no
comando da imposição da sua teoria como uma NOVA ORDEM SOCIAL. Observamos que tal
produção teórica vem sendo usada pelo denominado movimento desconstrutivista
‘queer’, composto pelos movimentos gay, feminista e da revolução científica,
juntamente com todos os opositores do sistema de crenças e valores sociais, especialmente
valores cristãos, que são identificados como anarquistas, antissociais,
satanistas, comunistas e outros. Assim, a desconstrução é usada como um
procedimento metodológico. A “norma”
para o movimento ‘queer’ é transgredir. Segundo Louro (2004), “queer significa colocar-se contra a
normalização, venha ela de onde vier” (p.38).
Portanto, “[...] a epistemologia queer
é [...] perversa, subversiva, impertinente, irreverente, profana, desrespeitosa
(SILVA, 2000, p. 107, segundo LOURO, 2004).
Observamos que a proposta
é simplesmente desestabilizar, desordenar, minar, escavar, tirar o alicerce, desconstruir
a sociedade a partir das identidades sexuais. A desconstrução é apreciada como simples
prazer de destruir o estabelecido, ou seja, os movimentos sociais que se servem
e promovem essa teoria não estão mais em busca dos seus direitos, pois já
alcançaram o que queriam para afirmar as identidades inventadas.
Conseguiram influenciar as ciências, a economia, a política e todas as áreas do
saber. Agora, estão apenas se divertindo com o seu movimento desconstrutor, o
que chamam de ‘política pós-identitária’, momento de diversão e apreciação da
desordem social provocada.
A sociedade brasileira,
ludibriada, inocente, sem entender que tem uma teoria criada e vigente para o
desmonte social e sexual vem acreditando na existência das primeiras
identidades de gênero inventadas pela academia, que já encontraram aceitação
social sob a pressão da disfarçada política contra a discriminação e o preconceito.
Agora, os militantes do movimento da
desconstrução social queer entenderam
que a sociedade está pronta para consagrar todos os outros tipos de “identidade
de gênero” que continuamente inventam, impondo
tais “identidades produzidas” às crianças em idade escolar.
Adolescentes na faixa de
12 a 14 anos, induzidos à livre expressão sexual, vêm sendo acometidos por
infecções sexualmente transmissíveis e o quadro é alarmante! Muitos chegam nos
pronto-atendimentos em todo o Brasil em estado terminal, quando os médicos não
mais podem fazer nada para manter a vida destes inocentes. Isso vem
preocupando, inclusive, os ativistas gays, que já realizaram no
Congresso Nacional seminários sobre o tema. Mas é incrível que “acreditam”
cegamente que o governo deveria investir em “camisinha e gel lubrificante” para
controlar a fissura dos adolescentes liberados para expressarem livremente a
sua sexualidade. Brasileiros poderão morrer em massa na infância se for
legalizada a “IDEOLOGIA DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL” nos planos municipais e
estaduais de educação. Isso porque as crianças seriam induzidas nas escolas a experimentarem
as mais diversas “identidades de gênero”, tudo disfarçado de política contra a
discriminação e o preconceito.
Ainda citei para os
presentes a palestra sobre “Estudos LGBTTQ e pensamento pós-colonial” (note-se
que à sigla LGBTT acrescentou-se a letra ‘Q’, de queer) realizada em outubro de 2014 na Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ). O evento foi patrocinado pelo CLAM, instituição
financiada pela Fundação Ford. A então preletora Manuela Lavinas, Picq, da
Universidade San Francisco de Quito, Equador, afirmou que promover passeatas
gays entre os povos indígenas é celebrar novas identidades, tendo declarado ter
identificado nove destas comunidades.
Continuei trazendo aos
presentes que certo amigo me afirmou, via email, que na Europa e nos EUA já se fala
em 50 a 70 tipos de identidades de gênero, e todos estes sujeitos já procuram
seus direitos de identidade. Na Câmara
dos Deputados, ouve-se falar na identificação de 220 identidades de gênero.
Lavinas declarou ainda que “LGBTTQ são relevantes nas relações internacionais,
que parada gay significa repensar o estado ou nação e é ONU na Amazônia”. Esta
fala denuncia o conhecimento que ela tem acerca do propósito desta engenharia social/sexual
ser aplicada em todas as nações como política do governo mundial. Para Lavinas,
a “INSTRUMENTALIZAÇÃO DO ESTADO” tem o
objetivo de “DESMONTAR O CRISTIANISMO e usar o LGBTTQ para ROMPER”. O
aparelhamento de todos os órgãos do poder público, além da academia, foi
estratégia importante para que mestres, doutores e especialistas em gênero
utilizassem procedimentos pedagógicos para minar, distorcer a identidade sexual
dos jovens. Agora, estão empenhados em PROMOVER o mesmo na educação infantil.
Observa-se que tais
movimentos sociais evocam o estado laico como morte de Deus e pretendem
desmontar o cristianismo no Brasil. Para isso, vêm desqualificando
profissionais que professam a fé cristã, incluindo no pacote o bullying e a perseguição sistemática a
religiosos cristãos. Isso significa que católicos e evangélicos estão na mira
dos ideólogos de gênero há muitos anos porque o cristianismo atrapalha o
trabalho dos desconstrutores sociais. A teoria
da criação adotada pelos cristãos admite a existência de somente dois tipos
sexuais criados por Deus: macho e fêmea. A estes tipos sexuais encontram-se
atreladas somente duas identidades: masculina e feminina, correspondentes ao
sexo biológico. Cabe a lembrança de que são os únicos tipos sexuais comprovados
cientificamente: XY e XX. Apesar de
inúmeras pesquisas, ainda não há comprovação genética para as “identidades de
gênero” fruto da imaginação fértil dos teóricos ‘queer’/ideólogos de gênero.
Concluímos que o saber religioso pode ser comprovado pela ciência verdadeira e
não pela falsa ciência que vem desqualificando o saber do religioso segundo o
modelo cristão.
A IDEOLOGIA DE GÊNERO A SERVIÇO DO MARXISMO SOCIAL
Até alguns anos, poderíamos
assegurar que a palavra “gênero” significava masculino e feminino, mas hoje a
esta palavra foram atrelados novos significados com finalidades políticas. A
proposta da “diversidade de gênero” significa se libertar das identidades sexuais
masculina e feminina ligadas ao sexo biológico, inventando novas identidades.
Os desconstrutores
sociais parecem ter fundamentado sua teoria e militância nos últimos escritos
de Marx, publicados por Engels, juntamente com os estudos de Horkheimer. Segundo
Marx e Engels, mulheres liberadas sexualmente se libertariam da escravidão do
marido e seriam postas no mercado de trabalho para se distraírem com o seu
empoderamento, não desejando ter filhos.
Para Horkheimer, é através da família que as pessoas aprendem a
respeitar autoridades; assim, para criar uma sociedade sem classes é preciso
destruir a família a partir da autoridade masculina. Para Horkheimer, esta
seria a estratégia para o completo desmantelamento do sistema de autoridades
constituídas na sociedade. Para implantar
a sociedade sem classes, entenderam ser necessário libertar também as crianças
dos pais. Em vez de receber valores de sua famílias, as crianças seriam criadas
por educadores treinados segundo a “ideologia de gênero”. Ficando a maior parte
do tempo longe da presença dos pais para quebrar o vínculo da relação
pais/filhos, as crianças passariam a se relacionar com os pais como se estes
fossem desconhecidos, favorecendo a quebra do tabu do incesto, parte integrante
do pacote dos ideólogos de gênero. Então, estaria tudo pronto para a implantação
do comunismo: crianças estariam sob a tutela do ESTADO e este seria o pai de
todos!
O mundo caminha para o
governo único, e o marxismo social se presta para preparar todas as nações para
terem um único dirigente. Neste contexto, tanto a teoria ‘queer’ quanto a
ideologia de “gênero” estariam sendo usadas por esquerdistas, marxistas sociais
que trabalham dentro da ONU e vêm influenciando governantes de todas as nações.
Nesta engenharia social, o desmonte da
família é a nova estratégia dos marxistas sociais que pretendem fazer a sua
revolução. Dessa vez por meio das escolas brasileiras e do uso de nossas
crianças para cumprir os seus intentos.
ENFATIZANDO A ESTRATÉGIA POLÍTICA PARA A DESCONSTRUÇÃO SOCIAL
Para mudar a mentalidade
da sociedade, o povo vem sendo ludibriado pela linguagem e os novos
significados atrelados às palavras. Para esconder o significado real da palavra
ABORTO (assassinato de criança no ventre da mãe), por exemplo, acrescenta-se-lhe
outros termos como “terapêutico, legal, seguro, aborto como direito da mulher,
direito ao corpo...”. A criança no ventre da mãe foi considerada “um amontoado
de células/produto” por juristas do STF (Supremo Tribunal Federal) quando do
julgamento e aprovação do aborto de anencéfalos.
A expressão “DIREITOS SEXUAIS
E REPRODUTIVOS”, usada em vários programas de governo, está atrelada a
políticas públicas que visam a liberação sexual, inclusive de crianças, além do
aborto compulsório e “identidades de gênero” inventadas. As palavras “diversidade,
inclusão, discriminação e preconceito” são todas evocadas pelos engenheiros
sociais para mudar a mente e o comportamento das pessoas.
Os inocentes e ignorantes
quanto à ideologia por trás dos novos significados da palavra GÊNERO acham que
esta se refere ao sexo feminino, mas as mulheres também estão sendo enganadas e
usadas para promover esta ideologia. Da
mesma maneira, a expressão ORIENTAÇÃO SEXUAL é usada tanto para não discriminar
os novos tipos de identidades inventadas quanto para naturalizar a orientação
sexual pedofílica, incluindo-a no pacote dos novos tipos de “identidade de
gênero e orientação sexual”. Destaquei também o 9º seminário LGBTT ‘Q’,
promovido pela Câmara dos Deputados em Brasília
com o objetivo de discutir os direitos
sexuais das crianças. A mensagem repassada no discurso dos preletores,
protagonizado pela frase de uma das palestrantes, foi o apelo inflamado para
que se “deixe as crianças brincarem sexualmente em paz”!
A proposta legislativa do
PL 5002/2013, dos deputados Jean Wyllys e Erika Kokay, idealizadores do 9º
seminário LGBTT’Q’, deixa claro o objetivo: mudança de sexo para as crianças a hora que quiserem, sem a interferência
dos pais.
Observamos projetos de
leis em que o estado passa a ser o responsável pela educação das crianças, que cada
vez mais cedo vão para a escola, onde deverão permanecer em tempo integral,
longe da família.
CAOS SOCIAL SOB O JUGO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO
SEXUAL
Precisamos alertar a
sociedade brasileira quanto ao esvaziamento jurídico do conceito de homem e de
mulher que vem ocorrendo totalmente fora da realidade, ou seja, pessoas já
estão acreditando que não são homens ou mulheres verdadeiros e que os seus
sexos não têm nada a ver com a sua identidade masculina ou feminina. Homens e
mulheres não sabem mais quem são, estão confusos, em crise de identidade, não
conseguem mais educar seus filhos, perderam a noção do certo ou errado, dos
valores e das virtudes! As teorias de gênero têm o propósito de causar
desordem, transtornos comportamentais, afetivos, sexuais, confusão, destruição
pessoal e familiar. Se todas as identidades sexuais e sociais forem colocadas
em xeque, relativizadas a partir das identidades sexuais associadas ao sexo
biológico, as pessoas deixam de existir enquanto pessoas e passam a ser apenas
objetos do sistema político vigente.
Para os ideólogos de
gênero, sexo não existe. O gênero é mutável a qualquer momento. Isso significa
que a pessoa não existe, que a sua identidade é uma fantasia, que o seu eu não
existe. O sexo biológico para tais ideólogos é apenas um dado corporal de cuja
ditadura as pessoas devem se libertar. Quem ilustrou bem a realidade confusa
das identidades inventadas foi o Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva,
professor de Teologia Moral, quando entrevistado pelo portal Zenit. Sob o
título “CAINDO NO CONTO DO GÊNERO”, o padre discorreu sobre a “ideologia de
gênero e orientação sexual” por ocasião da tentativa de introdução dessa
ideologia no PNE (Plano Nacional de Educação) no Congresso Nacional em 2014. De
uma forma muito inteligente, mostrou que até o movimento gay caiu no conto de
gênero e que uma vez implantada tal ideologia todas as identidades de gênero
deixarão de existir. Nenhum tipo de família será valorizado, nem mesmo os
arranjos entre pessoas do mesmo sexo, as quais estão servindo de massa de
manobra para empoderar a “ideologia de gênero e orientação sexual”, produzindo
o caos social.
O APARELHAMENTO DOS PODERES CONSTITUÍDOS
Para imposição da IDEOLOGIA DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL, os
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além do Ministério Público, foram aparelhados
para pôr em prática esta teoria desconhecida pela população. Neste contexto, devido
à gravidade do tema, cabe frisar que crianças e adolescentes em idade escolar
estão sendo levadas para a escola integral em tenra idade para serem educadas segundo
a “agenda de gênero”, pois a escola foi o laboratório escolhido pelos ideólogos
para doutrinar desde cedo as crianças a se libertarem do seu sexo biológico.
A expressão “gênero e
orientação sexual” vem permeando várias proposições legislativas em todo o
território nacional, algumas aprovadas no Congresso Nacional e já sancionadas.
Os demais poderes constituídos, também aparelhados pelos movimentos sociais, referendam a desconstrução social através de
normas expedidas de acordo com o papel de cada um dentro na nação, conforme o
seu poder de influência social. Com
isso, os poderes Executivo, Judiciário e o Ministério Público vêm sendo
dirigidos por movimentos sociais que trabalham para a desconstrução social,
recebendo recursos financeiros de fundações internacionais cujos comandantes
anônimos evidenciam interesse político e econômico mundial.
Em sua gestão, o governo
Lula introduziu a diversidade sexual nas escolas, o gênero, a orientação sexual
e os direitos sexuais e reprodutivos. Em 2007, promoveu o curso de “formação de
professores em gênero, sexualidade e orientação sexual” com o objetivo de capacitar
na temática 15 mil novos professores da rede escolar a cada ano, em conjunto
com o Conselho Britânico, departamento do governo da Inglaterra que trata de
questões educacionais internacionais. Também faz parte desta estratégia o CLAM
(organização criada pela Fundação Ford para promover políticas de gênero e
direitos sexuais e reprodutivos na América Latina).
O governo Dilma deu sequência ao trabalho nas
escolas. Segundo as páginas 34 e 97 do relatório AGENDAS TRANSVERSAIS, do
Ministério do Planejamento do governo Dilma, agora a meta atualizada é
alcançar, até 2015, a formação de “140 MIL PROFISSIONAIS DA REDE PÚBLICA DE
EDUCAÇÃO NAS TEMÁTICAS DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL POR MEIO DO PROGRAMA ‘GÊNERO
E DIVERSIDADE NA ESCOLA’”.[4]
Sobre o Programa Nacional de Direitos
Humanos, PNDH3 de 2009[5], o objetivo estratégico “V” seria a “Garantia do
respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero”, com as seguintes
ações programáticas:
a)
Desenvolver políticas afirmativas e de promoção de cultura de respeito à livre
orientação sexual e identidade de gênero, favorecendo a visibilidade e o
reconhecimento social.
b) Apoiar
projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
c) Promover
ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais homoafetivos.
d) Reconhecer e
incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações
familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade.
A Comissão Nacional de População e
Desenvolvimento (CNPD) promoveu reunião em Brasília, DF, nos dias 21 e 22 de fevereiro
de 2014 com o objetivo de expor internacionalmente o posicionamento e o novo
perfil do Brasil em matérias de população, gênero, direitos sexuais e
reprodutivos e subsidiar as posições que o Brasil iria defender na sede da ONU
em Nova York, em abril do mesmo ano, na Conferência Internacional Cairo + 20.
Segundo a Revista Exame, o Brasil iria defender com “unhas e dentes” tais
posições:
O debate
confirmou a posição brasileira sobre aborto e direitos da população LGBT [...].
Dentre os pontos principais, está a descriminalização de circunstâncias que
autorizem o aborto, além do que já é
permitido, [...] com distribuição de contraceptivos à população e
direitos da comunidade LGBT, incluindo políticas de apoio aos jovens.[6]
(Grifo nosso)
URGENTE! CRIANÇAS EM
IDADE ESCOLAR EM PERIGO!
Em 2014, Deputados e Senadores perceberam
a gravidade da introdução das palavras “gênero e orientação sexual” no PNE –
Plano Nacional de Educação – e retiraram toda a referência a essa expressão. Contudo,
os ESTADOS e os MUNICÍPIOS terão até o dia 24
de junho de 2015 para aprovar os planos estaduais e municipais de
educação. Dessa forma, o MEC - Ministério da Educação e Cultura - tem
desconsiderado o PNE, amplamente discutido e aprovado pelo Congresso Nacional sem
incluir a IDEOLOGIA DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL, e está induzindo ao erro
ESTADOS E MUNICÍPIOS BRASILEIROS de forma que reintroduzam tal ideologia nos
planos estaduais e municipais de educação.
Se os deputados estaduais e os vereadores
aprovarem, e governadores e prefeitos sancionarem os Planos de Educação
reintroduzindo a expressão, GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL poderá ocorrer a
subversão de todo o sistema escolar por meio de uma revolução socialista. Logo,
o sistema educacional brasileiro será transformado em uma “máquina armada para
a demolição e a destruição da família natural”, alerta o observatório
interamericano de biopolítica.
A igualdade de gênero e orientação sexual
como meta da educação nacional significa que caberá aos professores libertar os
alunos de sua supostamente inexistente sexualidade para que possam livremente
adotar as mais diversas identidades de gênero, libertando também os jovens da
estrutura supostamente opressora da família entendida como uma instituição
originária da união entre um homem e uma mulher, alertam os peritos do observatório interamericano de biopolítica,
composto por vários cidadãos brasileiros que estudam profundamente a ideologia
de gênero e orientação sexual.
Como? Alunos serão obrigados a aprender
como sexualidade natural todas as formas de vida sexual que não possuem
qualquer relação com a formação de uma família fundamentada na união entre um
homem e uma mulher. Os kits sobre gays, bissexuais, lésbicas etc, que já são
amplamente promovidos e distribuídos pelo governo nas escolas, serão
obrigatórios para crianças em idade escolar de forma que aprendam e assumam os
tipos propostos de “identidade de gênero”.
Urge repetir que a ideologia de gênero vem
sendo trabalhada em conjunto com os chefes de estado nas conferências da ONU ao
longo de anos. Como vimos, é o desenvolvimento mais recente do marxismo
revolucionário. Esta nova técnica marxista pretende utilizar o sistema escolar
para destruir a família como instituição social para obter uma sociedade sem
classes. Uma vez aprovada nos planos de educação a ideologia de gênero e
orientação sexual, poderá ser apresentado outro projeto de lei que proponha a
educação sexual obrigatória nas escolas, sem direito a objeção de consciência
por parte dos pais, conforme orientações internacionais da ONU a este respeito.
Na Europa, a educação sexual já é
obrigatória, sem direito à objeção de consciência por parte dos pais. No
Brasil, a ideologia de gênero já é uma realidade através das ações do poder
Executivo, principalmente do MEC - Ministério da Educação - e do MS - Ministério
da Saúde -, que vêm exercendo influência sobre o povo usando a máquina pública
custeada pelo povo, que desconhece tais questões.
Muitos
integrantes do observatório interamericano de
biopolítica vêm constatando que o sistema
educacional brasileiro já está sendo transformado em uma máquina armada para a
demolição e a destruição do conceito de família natural. Embora a “ideologia de
gênero e orientação sexual” não tenha sido aprovada por lei federal na área da
educação, ela já está sendo aplicada nas escolas brasileiras. Cabe a triste lembrança de que nem a
autoridade da lei é respeitada no regime totalitário e é para este sistema
político que o Brasil demonstra estar caminhando a passos largos. De qualquer forma, se forem aprovadas leis que
incluam a “ideologia de gênero e orientação sexual” como meta educacional, a sua
força será maior para a imposição da nova revolução socialista de que o governo
brasileiro é atualmente o principal protagonista.
O QUE FAZER?
O que podemos fazer contra o uso de nossas
crianças com finalidades políticas e econômicas? A teoria ‘queer’ e a “ideologia de gênero e
orientação sexual”, advindas da construção teórica, têm sido usadas para desconstruir
conceitos, valores e normas sociais. É
preciso um novo movimento social que venha fortalecer os conceitos e valores
tradicionais de forma a garanti-los.
Um trabalho prático e URGENTE neste
momento da história seria ir às Assembléias Legislativas dos Estados e às
Câmaras Municipais para apresentar a deputados e vereadores o pedido para que
se TROQUEM as palavras GÊNERO por SEXO e se retire a expressão ORIENTAÇÃO
SEXUAL de todo o texto dos planos Estaduais e Municipais de Educação.
No mais, conversar com familiares, amigos,
vizinhos, colegas de trabalho, professores e autoridades sobre as novas
“identidades de gênero” inventadas na academia e impostas como reais, boas e
verdadeiras, disfarçadas de política
contra a discriminação e o preconceito. A sociedade brasileira precisa saber
o que está acontecendo para se reposicionar e se defender do golpe que
visa a desconstrução familiar e a tutela das crianças por parte do
estado. Esta é uma questão tanto de soberania nacional quanto de
proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes, pessoas em processo de
desenvolvimento.
E você, o que pensa a respeito deste tema?
O que pretende fazer diante desta realidade?
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes,
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SOKAL, Alan D. Imposturas
Intelectuais. Alan Sokal e Jean Bricmont. Tradução
de Max Altman. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
[1]
Graduada em Psicologia desde 1981 (CRP 01/17655), a autora é especialista nas
áreas clínica e escolar/educacional; pós-graduada em psicodrama e
psicopedagogia, tendo cursado a especialização em atendimento a crianças e
adolescentes vítimas de violência doméstica (PUC-Rio/2002). Além disso, tem
treinamento em Dessensibilização e Reprocessamento de Memórias Traumáticas (EMDR Institute, Inc. - Partes I e II) e
em Reprocessamento de Memórias baseada no “corpo-cérebro” (Ministrado por David
Grand, Ph.D, fundador do Brainspotting
Internacional e criador do BRAINSPOTTING-BSP/2015 - Fases 1 e 2). Desde
2005, acompanha os trabalhos legislativos relacionados à infância e
adolescência, à vida e à família e, a partir de 2015, também como Assessora
parlamentar.
[2] A
engenharia social/sexual tem o objetivo de desenvolver projeto com finalidades políticas econômicas e
colocá-lo em prática utilizando a força de persuasão, a exploração da ingenuidade e o desconhecimento das pessoas de forma a mudar
o seu comportamento.
[3] Os
engenheiros sociais/sexuais querem fazer
parecer que as identidades sociais/sexuais atreladas ao sexo biológico e a
atração sexual pelo sexo oposto não são naturais, ou seja, não fazem parte da
natureza, mas fruto da imposição social/religiosa.
Inicialmente esta expressão partiu do movimento feminista que entendeu que a
naturalização da atração entre pessoas do sexo oposto atrapalharia o
empoderamento das mulheres.
[4] Disponível
em:
http://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/agendas%20transversais%20final.pdf.
Acesso
em: 05/2015.
[5]
Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm.
Acesso em: 05/2015.
[6] Disponível em:
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/brasil-vai-apoiar-direitos-lgbt-e-da-mulher-em-evento-da-onu.
Acesso em: 05/2015.