São Paulo, 3 de novembro de 2011.
Cerimônia de Abertura do II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida
Prezado dom Abade Mathias; prezados senhores bispos, presbíteros, diáconos e seminaristas; prezados conferencistas,
Damos início hoje ao II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida, promovido pela Human Life International, neste Mosteiro de São Bento na cidade de São Paulo, Brasil. É uma grata satisfação constatar a presença de tantas pessoas neste auditório.
Não podemos negar que a Cultura da Morte vem fazendo enormes estragos na vida material, mas sobretudo, na vida espiritual de tantos e tantos seres humanos feitos à imagem e semelhança de Deus. Podemos todos constatar essa realidade de proporções mundiais.
Gostaríamos aqui, contudo, de destacar algo deslumbrante que vem acontecendo em todo o mundo e que, ao longo da preparação do Congresso, pudemos notar com uma clareza inegável: a causa da defesa da vida humana e da família é capaz de unir as pessoas mais diferentes e fazê-las trabalharem unidas entre si, de uma forma tão harmônica e entusiasta, que somos levados a exclamar: “aqui tem o dedo de Deus!”
Prova disso é que, quando iniciamos os primeiros preparativos para este evento, havia um número modesto de pessoas envolvidas na organização. Podemos dizer que hoje, após apenas alguns meses, um número enorme de pessoas foi aparecendo aqui e ali, se disponibilizando a ajudar de todas as formas na divulgação e também durante o Congresso: juristas, empresários, jornalistas, voluntários leigos e religiosos, católicos e também não católicos. Todos em prol da dignidade da pessoa humana. E aqui estamos todos nós, das mais diferentes partes do Brasil e do mundo.
Durante os próximos dias, ouviremos palestras sobre a temática da cultura da morte e, adianto aos senhores, especialmente aos que estão entrando em contato pela primeira vez com este assunto: ouviremos coisas terríveis, que poderão parecer a um espectador novato e talvez ingênuo, uma “teoria da conspiração” ou um “pessimismo exagerado”. Nada mais falso do que isso.
Apesar de, realmente, os palestrantes nos proporcionarem informações assustadoras com relação aos ataques cada vez mais ousados contra a vida e a família, não estamos nos reunindo aqui para nos aterrorizarmos coletivamente e dizermos: “Nossa, esse mundo está perdido”, ou “estamos no fim dos tempos”. Não!! Se este fosse um dos objetivos do Congresso, acredito que estaríamos perdendo nosso tempo.
O que nos levou a estarmos todos aqui é a certeza, e digo novamente, a certeza, de que as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra a Igreja. A Igreja é o corpo místico de Jesus Cristo. Nós somos pedras vivas deste edifício espiritual. Cristo, nosso Senhor venceu o pecado e a morte. Nós, como seu corpo, também venceremos estes inimigos pois, está escrito: “É necessário que Ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés e o último inimigo a ser vencido é a morte”.
Como é diferente lutarmos uma guerra já sabendo por antemão que venceremos!!! Sim, a vida vence a morte. A Cultura da Vida vence a Cultura da Morte.
Precisamos, contudo, primeiramente, sabermos que estamos em uma verdadeira guerra. Não é mais possível e, diria, é até mesmo culposo ignorar que está em franca marcha uma avalanche destruidora do cristianismo. Desculpem-me a expressão, mas não é saudável usar um “óculos cor-de-rosa” para vermos todas as coisas belas e perfeitas. Não!! Ignorar o perigo é o maior dos perigos. ?Seria sensato a um médico que se vê diante de um paciente extremamente doente dizer-lhe apenas: “Fica tranqüilo que tudo dará certo?” Não!! Bons médicos conhecem a gravidade das doenças e aplicam a elas os tratamentos adequados. Muitas vezes os tratamentos são até bastante agressivos. Tudo para salvar a vida do paciente.
Na batalha entre a cultura da vida e a cultura da morte, a ignorância é fatal. Por incrível que pareça, encontramos bons católicos que acreditam piamente, por exemplo, que a ONG “católicas pelo direito de decidir” é formada por mulheres verdadeiramente católicas que apenas discordam de algumas posições do magistério da Igreja. Enquanto essas pessoas de boa vontade, porém ingênuas demais pensam assim, as CDDs se aproveitam e vão procurando cada vez mais causar a dissensão dentro da Igreja (objetivo pelo qual a ONG foi criada).
Por isso, podemos dizer que um dos grandes objetivos deste Congresso é aprofundar o conhecimento das diversas estratégias que estão sendo levadas a cabo para se implantar a cultura da morte em nível global. De posse deste conhecimento, a luta fica muito mais fácil, pois conhecemos o nosso “inimigo”.
Esperamos, sinceramente, que este Congresso possa acender a chama da defesa da vida em muitos, quiçá, em todos os participantes aqui presentes. Confiamos estes 4 dias à proteção de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina; ao glorioso São José, que salvou a vida ameaçada do pequenino Jesus contra a fúria do poderoso Herodes; à Santa Gianna Beretta Mola, inspiradora do Movimento pró-vida e a São Miguel Arcanjo, nosso defensor contra as maldades e ciladas do Inimigo.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Prof Felipe Nery Martins Neto
Presidente do II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida
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