30.10.13

Após proibir palmadas, Suécia "sofre" com geração de crianças mimadas

http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/,477a68fadb402410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Após proibir palmadas, Suécia "sofre" com geração de crianças mimadas

A proibição das punições físicas a crianças foi incorporada ao código penal da Suécia em 1979

Marie Märestad (dir.) e seu marido concedem entrevista à agência AFP em outubro Foto: AFP
Marie Märestad (dir.) e seu marido concedem entrevista à agência AFP em outubro
Foto: AFP
A Suécia, primeira nação do mundo a proibir as palmadas na educação das crianças, se pergunta agora se não foi longe demais e criou uma geração de pequenos tiranos.
"De uma certa forma, as crianças na Suécia são extremamente mal educadas", afirma à AFP David Eberhard, psiquiatra e pai de seis filhos. "Eles gritam quando adultos conversam à mesa, interrompem as conversas sem parar e exigem o mesmo tratamento que os adultos", ressalta.
O livro "Como as crianças chegaram ao poder", escrito por Eberhard, explica porque a proibição das punições físicas - incorporada de forma pioneira ao código penal da Suécia em 1979 - levou, pouco a pouco, a uma interdição de qualquer forma de correção das crianças.
"É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias: quando ir para a cama, o que comer, para onde ir nas férias, até qual canal de televisão assistir", avalia ele, considerando que as crianças suecas são mal preparadas para a vida adulta.
O comportamento das filhas levou o casal Märestad a procurar aconselhamento  Foto: AFP
O comportamento das filhas levou o casal Märestad a procurar aconselhamento 
Foto: AFP
"Nós vemos muitos jovens que estão decepcionados com a vida: suas expectativas são muito altas e a vida se mostra mais difícil do que o esperado por eles. Isso se manifesta em distúrbios de ansiedade e gestos de autodestruição, que aumentaram de maneira espetacular na Suécia", diz o psiquiatra.
Suas teses são contestadas por outros especialistas, como o terapeuta familiar Martin Forster, que sustenta que, numa escala mundial, as crianças suecas estão entre as mais felizes. "A Suécia se inspirou sobretudo na ideia de que as crianças deveriam ser ouvidas e colocadas no centro das preocupações", afirma Forster. Segundo ele, "o fato de as crianças decidirem muitas coisas é uma questão de valores. Pontos de vista diferentes sobre a educação e a infância geram culturas diferentes".
O debate sobre o mau comportamento das crianças surge regularmente nas discussões sobre a escola, onde os problemas de socialização ficam mais evidente. 
É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias
David EberhardPsiquiatra
No início de outubro, o jornalista Ola Olofsson relatou seu espanto após ter ido à sala de aula de sua filha. "Dois garotos se xingavam, e eu não fazia ideia de que com apenas 7 anos de idade era possível conhecer aquelas palavras. Quando eu tentei intervir, eles me insultaram e me disseram para eu ir cuidar da minha vida", conta à AFP.
Quase 800 internautas comentaram a crônica de Olofsson. Entre os leitores, um professor de escola primária relatou sua rotina ao passar tarefas a alunos de 4 e 5 anos: "Você acha que eu quero fazer isso?", disse um dos alunos. "Outro dia uma criança de quatro anos cuspiu na minha cara quando eu pedi para que ela parasse de subir nas prateleiras".
Após um estudo de 2010 sobre o bem estar das crianças, o governo sueco ofereceu aos pais em dificuldade um curso de educação chamado "Todas as crianças no centro". Sua filosofia: "laços sólidos entre pais e filhos são a base de uma educação harmoniosa de indivíduos confiantes e independentes na idade adulta".
Um de seus principais ensinamentos é que a punição não garante um bom comportamento a longo prazo, e que estabelecer limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de punição, nem sempre é uma panaceia.
"Os pais são instruídos a adotar o ponto de vista da criança. Se nós queremos que ela coopere, a melhor forma de se obter isso é ter uma relação estreita", afirma a psicóloga Kajsa Lönn-Rhodin, uma das criadoras do curso governamental. "Eu acredito que é muito mais grave quando as crianças são mal-tratadas (...), quando elas recebem uma educação brutal", avalia.
Marie Märestad e o marido, pais de duas meninas, fizeram o curso em 2012, num momento em que eles não conseguiam mais controlar as crianças à mesa. "Nós descobrimos que provocávamos nelas muitas incertezas, que elas brigavam muito (...) Nós tínhamos muitas brigas pela manhã, na hora de colocar a roupa para sair", relembra essa mãe de 39 anos. "Nossa filha caçula fazia um escândalo e nada dava certo (...) Nós passamos por momentos muito difíceis, até decidirmos que seria bom se ouvíssemos especialistas, conselheiros", conta Märestad, que é personal trainer em Estocolmo.
O curso a ajudou a "não lutar em todas as frentes de batalha" e a dialogar melhor. Mas para ela, as crianças dominam a maior parte dos lares suecos. "Nós observamos muito isso nas famílias de nossos amigos, onde são as crianças que comandam".
Segundo Hugo Lagercrantz, professor de pediatria na universidade Karolinska, de Estocolmo, a forte adesão dos suecos aos valores de democracia e igualdade levou muitos a almejarem uma relação de igual para igual com seus filhos. "Os pais tentam ser muito democráticos (...) Eles deveriam se comportar como pais e tomar decisões, e não tentarem ser simpáticos o tempo todo", diz Lagercrantz.
Ele vê, contudo, algumas vantagens nesse estilo de educação. "As crianças suecas são muito francas e sabem expressar seu ponto de vista", afirma. "A Suécia não valoriza a hierarquia e, de uma certa forma, isso é bom. Sem dúvida, esta é uma das razões pelas quais o país está relativamente bem do ponto de vista econômico".
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8.10.13

COMUNISMO À VISTA

CONTRATAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS – o  que a mídia não divulga: a ditadura do Governo Federal e indícios de implantação do COMUNISMO NO BRASIL

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, 2 10 2013,  para discutir a contratação dos médicos cubanos e possível violação dos direitos humanos, constatamos que a mídia não publica determinadas discussões que ocorreram na audiência:
1)      O governo brasileiro passa por cima do legislativo e usa instrumento do executivo para contratar médicos cubanos;
2)      Conselho de Medicina avalia e constata que teve médico que nem diploma apresentou e não aprovou a maioria dos médicos para trabalharem no Brasil;
3)      Governo brasileiro não respeita o Conselho de Medicina e coloca o Ministério da Saúde para se responsabilizar pelos médicos, ou seja: para que Conselhos Profissionais no Brasil?  Qualquer um pode ser médico no Brasil, desde que o paciente não seja a presidenta DILMA!

Conclusão: os profissionais estão trabalhando de forma irregular, atendendo o povo brasileiro e o que a Comissão de Direitos Humanos irá fazer? E o Ministério Público?
Alguns médicos recebem 10 mil de salário; outros 700 reais e a diferença, pelo que entendi,  vai para a instituição internacional intermediária. Alguns médicos podem trazer a família para o Brasil e outros não; alguns médicos podem escolher o local de trabalho no Brasil e outros não.
Não é estranho tudo isso? É de chorar! Foi o que fiz. O Brasil está sem rumo, nosso povo está perdido com este desgoverno! Só nos resta aguardar o basta de DEUS!

Comentário da mídia:

http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=20&id_noticia=104079
02/10/2013 - 21:37 | Fonte: Câmara Notícias

Conselho Federal de Medicina recorrerá à OMS contra contratação de médicos cubanos

 
 
D’Avila: a Opas descumpre o Código de Conduta da própria OMS. Para nós, isso é o suficiente para uma denúncia.
D’Avila: a Opas descumpre o Código de Conduta da própria OMS. Para nós, isso é o suficiente para uma denúncia. - Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
O Conselho Federal de Medicina vai entrar com uma representação na Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciando o contrato firmado pelo governo brasileiro com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). O contrato possibilitou a vinda de médicos cubanos para trabalhar no Programa Mais Médicos.
Durante audiência pública nesta quarta-feira (2) promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o representante da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze, afirmou que o estatuto da Opas não prevê que a entidade tenha a função de intermediar contratações de médicos, funcionando como agência terceirizadora de mão de obra no caso dos cubanos.
Opinião idêntica tem o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D’Avila. Ele afirmou que o Código Global de Conduta da OMS, que trata da contratação de pessoal da área da saúde, está sendo desrespeitado, pela falta de transparência no caso dos médicos cubanos. "Vários artigos da OMS impediriam a Opas de fazer essa intermediação. Tanto que nós vamos representar, na OMS, contra esse contrato de intermediação que a Opas fez. Vamos alegar que a Opas descumpre o Código de Conduta da própria OMS. Para nós, isso é o suficiente para uma denúncia."
O convênio do Brasil com a Opas foi divulgado, mas o convênio da Opas com Cuba não é público. Por isso, segundo o deputado Mandetta (DEM-MS), não se sabe exatamente, por exemplo, quanto o médico cubano vai receber por trabalhar no Brasil: parte do salário deve ir para o governo de Cuba. Os outros profissionais que atuam no Mais Médicos vão receber R$ 10 mil.
De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina, os cubanos vão ter a seu dispor apenas uma pequena parcela desse valor: cerca de 10%, segundo ele.
Passaportes retidos
Além disso, Roberto D'Avila afirmou que existem indícios fortes de violação dos direitos humanos dos médicos cubanos no Brasil. Ele destacou que os profissionais daquele país têm os passaportes retidos quando chegam ao Brasil, para não poderem deixar o País. Médicos de outras nacionalidades não sofrem essa mesma restrição.
O procurador-geral do Trabalho, Luis Antônio de Melo, afirmou que o Ministério Público do Trabalho já instaurou um inquérito civil público para analisar os aspectos trabalhistas do Mais Médicos. "As investigações já começaram e estão sendo realizadas. Eu não posso dizer que o Programa Mais Médicos está irregular ou que o Programa Mais Médicos é maravilhoso. No curso desse inquérito civil, nós vamos verificar se há alguma irregularidade. Havendo alguma irregularidade, nós temos dois caminhos: buscar uma regularização em sede administrativa, com um Termo de Ajuste de Conduta, ou provocar o Judiciário, se for o caso."
Combate ao trabalho escravo 
Também participou da audiência o coordenador-geral da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, José Guerra. O órgão é vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ele destacou que o Brasil é referência no combate ao trabalho escravo e à violação dos direitos do trabalhador.
Declarou também que, se forem detectadas violações a esses direitos em relação aos médicos cubanos e de outras nacionalidades, toda a estrutura de proteção dos direitos humanos e do direito do trabalhador vão ser acionadas para que as violações sejam "sanadas e repelidas".

Íntegra da proposta:



02/10/2013 - 10:10 | Fonte: Câmara Notícias

Direitos Humanos discute situação dos cubanos no programa Mais Médicos

 
 
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza audiência pública hoje, às 14 horas, para discutir a situação e a suposta violação de direitos humanos de médicos cubanos participantes do programa Mais Médicos.
Os deputados Dr. Grilo (PSL-MG) e Marcos Rogério (PDT-RO) solicitaram o debate com o intuito de apurar se as condições de trabalho oferecidas aos médicos cubanos estão de acordo com as normas internas e internacionais de proteção aos direitos humanos e se eles não estão recebendo tratamento diferenciado em relação às condições de entrada e permanência no Brasil e à remuneração que vão receber.
O programa Mais Médicos, instituído pela Medida Provisória 621/13, em análise por comissão mista no Congresso, oferece bolsas para médicos brasileiros e estrangeiros trabalharem três anos em atenção básica de saúde, em regiões do Sistema Único de Saúde (SUS) com maior vulnerabilidade social, como periferias de grandes cidades e municípios do interior. O valor da bolsa-formação para esses profissionais será de R$ 10 mil.
Entre os médicos de diversas nacionalidades inscritos no programa, destacam-se os cubanos. Na primeira fase do Mais Médicos, 400 profissionais de Cuba já chegaram ao Brasil e passaram por curso de formação e avaliação. Até o final desta semana, chegarão ao País mais dois mil médicos da ilha do Caribe, para a segunda etapa do programa, e o Ministério da Saúde tem a previsão de trazer, até o fim do ano, quatro mil no total.
Violação da lei
Dr. Grilo ressalta que “a remuneração real a ser recebida pelos médicos cubanos ainda é um mistério”. Ele aponta preocupação do procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, de que poderia estar havendo violação da legislação trabalhista, pois haveria desnível salarial entre os contratados, com os cubanos recebendo menos – no dia 28 de agosto, o Ministério Público do Trabalho instaurou inquérito civil sobre o programa para investigar as denúncias.
Segundo Dr. Grilo, há ainda preocupação da Federação Nacional dos Médicos de que, por não haver vínculo empregatício dos contratados para o programa, haja precarização das relações de trabalho. O deputado aponta também denúncias de que os cubanos terão seus passaportes retidos, sem poder circular livremente pelo País, e serão forçados a retornar a Cuba ao final dos três anos.
Já Marcos Rogério questiona se o convênio para trabalho dos cubanos no Brasil pelo Mais Médicos “não estaria ofendendo o Artigo 5º da Constituição Federal que veda qualquer tipo de discriminação, inclusive de ordem de nacionalidade”.
Convidados
Foram convidados para o debate:
  • o coordenador-geral da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), representando a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, José Armando Fraga Diniz Guerra;
  • o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D’Avila;
  • o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinícius Furtado;
  • o representante da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze;
  • um representante do Ministério das Relações Exteriores;
  • um representante do Ministério Público do Trabalho.
A audiência será realizada no Plenário 9.

Íntegra da proposta:


Não precisávamos chegar a este ponto, mas DEUS ESTÁ PERMITINDO: povo reage à opressão e à injustiça social


Manifestantes chegam à Câmara

Mais de 20 mil pessoas protestam contra a truculência da Polícia Militar e em apoio aos profissionais de educação

FELIPE FREIRE E AMANDA RAITER
Rio - Mais de 20 mil pessoas chegaram à Câmara Municipal, na Cinelândia, na noite desta segunda-feira, em protesto contra a truculência da Polícia Militar e a falta de iniciativas efetivas do poder público para melhorias definitivas na situação dos professores e das escolas da cidade e do estado. A praça da Cinelândia e as escadarias da Casa estão tomadas por ativistas, bem como as escadarias do Theatro Municipal. Não há cordões de isolamento, e parte do comércio do Centro fechou antes da hora normal.
Alguns manifestantes soltaram fogos, cantaram palavras de ordem, e índios da Aldeida Maracanã fizeram uma fogueira. Apenas um carro da PM continua acompanhando o ato, no entorno da Câmara, cujas entradas foram fechadas. Alguns funcionários ainda deixam o local e policiais permanecem dentro da Casa. Outro bloco do protesto marcha na Avenida Rio Branco e o ato segue sem registrar confusões. O prefeito Eduardo Paes informou que vai receber representantes da educação, entre professores e diretores das escolas municipais, no Palácio da Cidade, às 10h desta terça-feira. 
Criança segura faixa escrita "tropa de professores"
Foto:  André Mourão / Agência O Dia
O deputado estadual Marcelo Freixo esteve presente no meio dos manifestantes e foi cumprimentado por vários. "Ninguém aceita mais que o professor seja tratado com bordoadas ou da forma como vem sendo tratado pelo governo. A classe não merece isso, e a população está abraçando o movimento. O manifesto é um ato é um ato de apoio a educação", disse.
Estão presentes, principalmente, profissionais das redes estadual e municipal e alunos. Carregando faixas e cartazes, os ativistas não desanimaram com a chuva que caiu sob a cidade no começo da noite. Um grupo de black blocs permanece à frente do protesto. Por volta das 19h20, o clima ficou tenso no local. Duas bombas foram lançadas onde não havia manifestantes. Ativistas vaiaram os policiais militares que se aproximaram.
Um grupo de 30 PMs andaram da Rua Evaristo da Veiga, mas recuaram após cerca de 400 integrantes dos Black Blocs ocuparem a via. Parte dos policiais está em frente ao quartel na Evaristo da Veiga e outro grupo seguiu em direção à Câmara. 

Protesto no Centro reúne alunos da rede pública de educação do Rio
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia
Diversas vias ficaram interditadas para a passagem do protesto. A Rua Pio XI e o acesso à Rio Branco, bem como quatro pistas da Avenida Presidente Vargas, no sentido Candelária, ficaram fechadas até a altura da Rua Primeiro de Março. Agentes da CET-Rio e Guarda Municipal controlam o tráfego nos trechos. A Avenida Rio Branco foi liberada até a altura da Presidente Vargas e, por volta das 19h50, interditada novamente. 
Ônibus incendiado e rastro de destruição
Um ônibus foi incendiado durante o protesto no Centro do Rio na noite desta segunda-feira. Um grupo de manifestantes, principalmente integrantes do Black Bloc, quebraram diversas agências bancárias por onde passavam e a destruição culminou com um ônibus municipal queimado na Rua Santa Luzia com Avenida Rio Branco. Bombeiros foram para o local para combater as chamas, mas o veículo ficou completamente destruído. Não há informações sobre feridos.
Segundo testemunhas, outro veículo chegou a ser incendiado entre a Rua do Passeio e a Rua Teixeira de Freitas, mas o fogo foi controlado rapidamente. Segundo testemunhas, os manifestantes pararam os ônibus na Avenida Beira Mar e dirigiram com eles até os trechos. Uma pessoa foi detida. A confusão chegou até as Ruas da Lapa, onde PMs encurralaram manifestantes para dispersá-los. Mais dois coletivos foram depredados na Rua Visconde de Maranguape. PMs pararam um ônibus da viação 207 (Silvestre) e 15 manifestantes foram detidos. Cerca de 50 pessoas tentaram impedir que o ônibus seguisse para a 17ª DP (São Cristóvão).  A administração da Câmara Municipal informou que, nesta terça-feira, não haverá expediente pois o prédio ficará fechado para a realização de perícia policial.

Ônibus foi queimado durante protesto no Centro do Rio
Foto:  Felipe Freire / Agência O Dia
TJ negou recurso de professores contra liminar que determinou volta ao trabalho
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu nesta segunda-feira, por maioria de votos, negar o recurso do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) contra a liminar que obrigou os professores da rede municipal a voltar a trabalhar, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
A decisão do Órgão Especial foi tomada seguindo o entendimento do relator, Antônio Eduardo Ferreira Duarte, que, em seu voto, argumentou que “a conduta da categoria, ao manter o estado de paralisação, gera inúmeros prejuízos e afeta mais de 600 mil alunos da rede pública de ensino, restando configurado o abuso do direito”.

Manifestantes fizeram fogueira durante ato
Foto:  Felipe Freire / Agência O Dia
Em seu voto, o magistrado também autorizou o município, se este assim achar conveniente, a cortar o ponto dos grevistas a partir do dia 3 de setembro, data em que o Sepe/RJ foi intimado da liminar.
Na sessão de hoje, o Órgão Especial decidiu também, por sugestão do desembargador Henrique Figueira, que o TJRJ deve realizar uma audiência de conciliação e instrução entre o sindicato e o município, em data ainda a ser marcada. O mérito da ação, sobre a legalidade ou não da greve dos professores, ainda será analisado. Até o momento, foi apreciado apenas o agravo regimental.
Manifestantes gritam palavras de ordem
Severino Silva / Agência O Dia
80 mil confirmaram presença na Internet
A repressão dos protestos pela educação do Rio causou uma reação imediata na Internet. Neste clima, quase 83 mil pessoas confirmaram presença no principal evento que chama a população para a manifestação de apoio aos educadores. "Esse ato é em apoio à luta dos profissionais de educação e do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - SEPE. Eles são os protagonistas dessa luta e nos ajudarão a formular a pauta. Se você é contra a greve dos professores, não entende sua função na luta por uma educação de qualidade e não entende o direito dos professores de fazerem greve, talvez esse ato não seja para você", diz o texto do evento. Confira abaixo as pautas do protesto.
Pauta da educação municipal:
1 - Pelo cancelamento imediato da votação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários votado no dia 1º de outubro, à portas fechadas e sem diálogo com a categoria.
2 - Pelo direito a manifestação dos profissionais de educação.
3 - Contra o Projeto meritocrático e neoliberal de Eduardo Paes para a educação.
4 - Por um Plano de Cargos discutido com a categoria e que represente todos os profissionais da educação.
Pauta da educação estadual:
1 - Plano de carreira para funcionários.
2 - Uma matrícula, uma escola - que cada professor se dedique a uma escola.
3 - Um terço da carga horária para planejamento de aulas.
4 - Gestão democrática com eleição direta para diretores.
5 - Fim dos exames meritocráticos(SAERJ)
Pautas gerais:
- Mais democracia, menos violência policial e pela liberdade de manifestação.
Beltrame reconhece excessos
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, reconheceu no último sábado que houve excessos por parte da PM na manifestação dos professores ocorrida no último dia 1º, durante votação do Plano de Cargos e Salários do magistério municipal pela Câmara dos Vereadores.
“Na minha opinião, em alguns casos, principalmente os que estão revelados publicamente, houve excessos. Mas também tenho que dizer que se houve intransigência e excessos dos policiais, isso veio de duas partes, da polícia e de alguns manifestantes. Nós temos 15 pessoas que precisaram de atendimento médico, nove delas são policiais. Houve, sim, preliminarmente, excesso dos policiais, mas esse excesso veio também, por vezes, dos dois lados”, disse Beltrame, em conversa com jornalistas, durante evento de ação social, no Jacarezinho, na Zona Norte.

Além de diversas cenas de violência policial contra os representantes dos professores e também de manifestantes ligados aos black blocs, imagens mostradas posteriormente comprometeram a PM, como a de policiais alegando injustamente que um jovem carregava um morteiro em sua mochila, um outro policial flagrado em cima do prédio da Câmara jogando objetos contra os manifestantes e a foto de um PM no Facebook, mostrando um cassetete quebrado com a legenda “foi mal fessor”.
No Rio, a professora Lenita desafia PMs: ‘Vai bater em professor? Posso ser professora do seu filho’
Foto:  Fabio Motta / Estadão Conteúdo / Agência O Dia
“Os três casos estão sendo analisados. Não estamos em uma ditadura. Não se pode, através de uma fotografia, expulsar um policial. A imagem é importante, ela fala por si, mas não se pode sumariamente demitir ou fazer uma punição a um policial. Não quero, absolutamente, defender policiais, até porque já expulsamos mais de mil e quinhentos”.
Beltrame disse que a polícia vai agir para preservar o direito de manifestação dos professores, mas o secretário não quis garantir que equipamentos como gás e balas de borracha não serão utilizados.
“A polícia está ali para garantir a manifestação. Os equipamentos de uso, como gás e bala de borracha, acreditem os senhores, são um avanço. Porque anos atrás você tinha o cassetete e o escudo. Hoje você tem outros equipamentos. A questão toda é: quando, como e por que usar esses equipamentos. Se uma manifestação ocorrer pacificamente, a polícia militar está ali para garantir isso. A manifestação é do processo democrático e a obrigação da PM é garantir isso.”

    Em noite de protestos, Câmara do Rio é atacada e tem salão incendiado

    Giuliander Carpes e Hanrrikson de Andrade
    Do UOL, no Rio de Janeiro
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    Protestos no Rio246 fotos

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    7.out.2013 - Um grupo de manifestantes jogou ao menos três bombas caseiras (coquetel molotov) na porta lateral da Câmara dos Vereadores pela rua Evaristo da Veiga -- onde há também um quartel da PM (Polícia Militar) Leia mais Antonio Scorza/UOL
    A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro foi o grande alvo dos protestos da noite desta segunda-feira (7). A instituição confirmou, por meio de nota à imprensa, que os manifestantes jogaram, pelas janelas, galões de gasolina para incendiar o prédio.
    Ainda não se sabe quais foram todos os estragos causados além da porta  vandalizada e da sala de cerimonial que ficou parcialmente destruída. Segundo a nota, os guardas municipais responsáveis pela segurança conseguiram impedir a invasão da casa. Na terça-feira, não haverá expediente na Câmara para que possam ser levantados os prejuízos durante a realização de uma perícia.

    LEIA MAIS

    • Em protesto a favor da educação, grupo entra em confronto com a PM em SP
    • Manifestantes jogam bombas contra Câmara no Rio; PM não reage
    • Black Blocs tomam e vandalizam pelo menos cinco ônibus no Rio
    Como saldo da noite, pelo menos 14 pessoas foram detidas e um adolescente foi apreendido. O protesto chegou a reunir 10.000 pessoas, segundo a PM.

    Carona de ônibus

    Um dos confrontos que aconteceram entre a polícia e os manifestantes se deu no cruzamento da avenida Mem de Sá com a rua Gomes Freire. Um grupamento do choque deteve cinco manifestantes. Para conduzi-los até a 5ª DP, delegacia da região, um policial que era chamado pelo grupo de "Comandante Lemos" parou um ônibus de linha (507 Silvestre).
    O "comandante" pediu ao motorista que levasse os cinco detidos mais cinco policiais e dois advogados da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para a delegacia.
    Os outros manifestantes do grupo se sentaram na rua para impedir que o ônibus os levasse. Houve confronto ali mesmo. O choque conseguiu deter os manifestantes após bombas de efeito moral e balas de borracha.
    O motorista do carro A72116 da empresa Transurb deu ré e saiu pela avenida Mem de Sá, seguindo para a delegacia.

    Ônibus e prédios vandalizados

    Pelo menos cinco ônibus sem passageiros foram sequestrados e vandalizados por grupos de manifestantes mascarados, identificados como Black Blocs. Três deles foram deixados na avenida Rio Branco -- todos foram vandalizados, sendo que um foi incendiado. Os outros dois foram encontrados na Lapa: um na rua Maranguape e outro no Passeio.
    Segundo o motorista Herique Santos Souza, que estava no ônibus que foi queimado, os manifestantes que sequestraram o veículo pretendiam jogá-lo sobre a entrada de um prédio comercial. "O mascarado falou para mim que meu ônibus ia virar estatística", contou Souza. 
    Além da Câmara, a reportagem do UOL observou depredação nos arredores da Cinelândia. Ao menos duas agências bancárias foram depredadas (uma na Evaristo da Veiga e outra próxima à avenida 13 de maio).
    Os manifestantes atacaram o consulado americano, que teve suas janelas quebradas. A tropa de choque usou bombas de gás e de efeito moral para dispersar os manifestantes.
    A entrada do edifício Serrador, sede da empresa de Eike Batista, ficou totalmente destruída. O grupo que depredou o prédio usou seus próprios tapumes para quebrar as vidraças. 
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    Em protesto a favor da educação, grupo entra em confronto com a PM em SP18 fotos

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    7.out.2013 - Manifestantes viraram um carro da Polícia Civil no cruzamento da avenida Rio Branco com a rua Aurora durante um confronto no centro de São Paulo. Protesto começou por volta das 18h e reivindicava melhorias na educação Leia mais Rodrigo Capote/UOL

    Policiamento menos ostensivo

    No começo dos protestos, a PM (Polícia Militar) teve uma atitude mais tímida, sendo difícil de avistar o contingente policial no percurso entre a Candelária, de onde partiu a passeata, até a Cinelândia. O número de policiais (500) também foi menor que o da semana passada (700) no dia em que houve um confronto mais violento com os manifestantes.
    Quando um grupo de mascarados pichava a parede lateral da Câmara dos Vereadores, por exemplo, a PM não reagiu. Ela só entrou em ação, com suas guarnições de choque, depois que os manifestantes já haviam jogado ao menos três bombas contra a porta da instituição.
    No meio da confusão, o vereador Brizola Neto (PDT-RJ) tentava deixar a Câmara, cercado de seguranças. Ele questionava, aos gritos: "Cadê a polícia?" 
    As manifestações dessa segunda-feira foram organizadas para protestar contra a violência da PM, que entrou em confronto com os professores na semana passada. Tanto a rede municipal quanto a rede estadual estão em greve desde o dia 8 de agosto.
     

    Protesto de professores no Rio de Janeiro - 12 vídeos