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A NOBREZA DA HUMILDADE
CRISTÃ
“Convém que Ele cresça e que eu
diminua” Jo 3.30
"O orgulho divide os
homens, a humildade une-os” Henri Lacordaire
A Bíblia registra a vida de um profeta chamado João
Batista. Ele foi citado pelos autores dos quatro Evangelhos e também por
inúmeros historiadores, como Flávio Josefo. João Batista era filho
do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Como pregador
itinerante vestindo pêlos de camelo com um cinto de couro, João Batista
se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. Um estilo de vida bem
simples em comparação aos pregadores modernos. Ele teve o privilégio de batizar
muitos judeus, inclusive o próprio Senhor Jesus, nas águas do Jordão (
Mt
3.13). O Mestre testemunhou sobre ele dizendo: “
Entre os nascidos de
mulher, ninguém é maior do que João” (Lc 7.28). Mas qual seria a razão de
tamanha nobreza observada em sua vida e que foi sabidamente reconhecida pelo
Messias?
Creio, meus amados(as), que uma das características
mais marcantes e profundamente espirituais na vida do profeta João Batista era
a sua humildade. Isso mesmo! A humildade revela a nobreza de caráter na vida do
cristão. No Evangelho segundo Mateus foram essas as suas palavras ao povo de
sua época: “
Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem
depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de
levar.” João Batista foi o precursor do Messias, a voz do que clama no
deserto, preparando o caminho do Salvador da humanidade. Seu lema era “
Convém
que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). E você, meu amigo(a), qual é o
lema de sua vida ? Pense nisso.
É fundamental assumirmos uma postura humilde como a
do profeta João Batista em nossos relacionamentos. Lembremo-nos que o caminho
da humildade nos eleva aos olhos de Deus. Queridos(as), como seria diferente se
os cristãos do século XXI pudessem levar mais a sério o nobre caminho da
humildade.... É ou não é verdade? Certamente, muitas brigas, cismas,
inimizades, disputas e contendas seriam evitados entre casais, famílias,
colegas de trabalho e até entre muitos irmãos em Cristo. Alguns estão
seriamente feridos pela amargura, enquanto outros vivem sufocados pela
vingança. Talvez isso aconteça ainda em nosso meio porque o mundo pós-moderno
em que vivemos, altamente competitivo e individualista, esteja influenciando
mais a Igreja do que pensávamos. Precisamos nos envergonhar do nosso egoísmo e
orgulho, pois são tristes barreiras para um relacionamento sadio na Igreja e no
mundo. Certamente, precisamos rever o cristianismo que estamos vivendo e
pregando. Precisamos falar mais alto com as nossas atitudes. Chega de sermões
vazios e incoerentes! Pense nisso.
Segundo o autor Norbert Lieth, a revista alemã
“Focus” publicou uma reportagem sobre o tema “Eu, eu, eu”. Ela tratava do culto
ao “eu”, que aumenta cada vez mais em nossa sociedade na qual cada um se
considera cada vez mais importante. Cresce assustadoramente a sociedade que
quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para atingir
seus objetivos. O pensamento de Nicolau Maquiavel( 1469-1527) de que: “
os
fins justificam os meios” tem sido um trágico lema para muitos.
Infelizmente, esse “estrelismo” diabólico tem afetado a Igreja de Cristo,
inclusive entre algumas lideranças.
Aliás, o orgulho tem origem no próprio Diabo. Nele
nasceu o orgulho: “
Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das
estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me
assentarei...”’ ( Is 14.13). Satanás queria ser como Deus: “
...subirei
acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”.
Portanto, meus amigos(as), não cultivemos uma
postura arrogante diante de Deus, da Sua Igreja e do mundo. Ao contrário disso,
apresentemo-nos humildemente diante Dele e nos ofereçamos como “vasos de honra”
para sermos instrumentos em Suas santas mãos, diagnosticando, tratando e
curando as feridas de Sua Igreja e do mundo. Ele espera por você! Aleluia! Pois
assim diz o Senhor: “E
is que ponho na tua boca as minhas palavras.” Je
1.9 “
Em Deus faremos proezas...”
No amor de Cristo.