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(ver anexo em PDF)
O bispo Thomas John Paprocki, da
diocese de Springfield, Illinois, EUA, recomenda: “Pense e ore sobre o seu voto
na próxima eleição”[1].
Em sua nota, ele fala explicitamente que o Partido Democrata apoia o aborto e o
casamento de pessoas do mesmo sexo, que são intrinsecamente maus. Dom Paprocki
não se sente no direito de se omitir para não parecer que está fazendo política
partidária: “Minha tarefa não é dizer em quem se deve votar. Mas eu tenho o
dever de falar sobre questões morais. Eu estaria abdicando desse dever se
permanecesse em silêncio por medo de parecer ‘político’ e não dissesse nada
sobre a moralidade dessas questões”. O outro grande partido, o Partido
Republicano, também tem em seu meio aqueles que defendem tais pecados, “mas suas
posições não têm o apoio oficial de seu partido”. O bispo afirma ter lido a
plataforma do Partido Republicano e não ter encontrado “nada que promova um mal
intrínseco ou um pecado grave”.
Foi também por questões morais, e
não partidárias, que em 26 de agosto de 2010 a Comissão Representativa dos Bispos do
Regional Sul 1 da CNBB acolheu e recomendou a ampla difusão do “Apelo a todos
os brasileiros e brasileiras”, elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do
Regional Sul 1, advertindo os eleitores sobre o compromisso do Partido dos
Trabalhadores com a causa abortista.
Não basta dizer: “Neguem seu voto
aos Partidos comprometidos com o aborto”. É preciso informar aos eleitores quais
são esses Partidos.
I. O primeiro passo é
examinar o Partido a que pertence o candidato.
Os partidos que se dizem
comunistas ou socialistas são incompatíveis com a Doutrina Social da
Igreja:
“Socialismo religioso,
socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo
bom católico e verdadeiro socialista” (Pio XI, Quadragesimo Anno, n.º
119).
“Entre comunismo e
cristianismo, o Pontífice [Pio
XI] declara novamente que a oposição
é radical. E acrescenta não poder admitir-se de maneira alguma que os católicos
adiram ao socialismo moderado” (João XXIII, Mater et Magistra, n.º
31).
“O erro fundamental do
socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem
simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social” (João
Paulo II, Centesimus Annus, n.º 13).
Eis a lista dos partidos
brasileiros que se declaram comunistas ou socialistas:
Partido dos
Trabalhadores (PT)[2] - 13
Partido Comunista
Brasileiro (PCB) - 21
Partido Popular
Socialista (PPS), sucessor do PCB - 23
Partido Comunista do
Brasil (PC do B) - 65
Partido da Causa
Operária (PCO) - 29
Partido Democrático
Trabalhista (PDT) - 12
Partido da
Mobilização Nacional (PMN) - 33
Partido Pátria Livre
(PPL) - 54
Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL) - 50
Partido Socialista
Brasileiro (PSB) - 40
Partido Socialista
dos Trabalhadores Unificado (PSTU) - 16
Partido Verde (PV)[3] - 43
Exclua, portanto, os
candidatos cujos números começam por
13, 21, 23, 65,
29, 12, 33, 54, 50, 40, 16 e 43.
E quanto às
coligações?
Pode ser que um candidato pertença
a um partido bom, mas coligado com um dos partidos acima. Isso não impede que
você vote nesse candidato. A coligação se faz para cálculo do coeficiente
partidário, mas não significa que os candidatos de um partido bom estejam
comprometidos com a plataforma de um partido mau.
II. O
segundo passo é examinar a atuação passada de seu
candidato.
Se o seu candidato já foi
parlamentar, verifique como foi seu voto em questões relativas à vida e à
família. Por exemplo:
1) Verifique se em 02/03/2005 ele
foi um dos deputados que votou contra ou a favor do artigo 5º da Lei de
Biossegurança, que permite a destruição de embriões
humanos:
2) Verifique se em 13/08/2008 ele
foi um dos deputados que assinaram o Recurso 0201/08, de José Genoíno,
solicitando que o projeto abortista PL 1135/91 não fosse arquivado, mas primeiro
fosse apreciado pelo plenário da Câmara:http://www.providaanapolis.org.br/senaofoss.htm
3) Verifique se em 28/05/2009 ele
foi um dos deputados que assinaram a PEC 367/2009, pretendendo dar um terceiro
mandato (pró-aborto) ao presidente Lula:
4) Verifique se em 19/05/2010 ele
foi um dos deputados que votaram contra o Estatuto do Nascituro na Comissão de
Seguridade Social e Família:
III. O terceiro passo é
verificar o compromisso do candidato para o futuro.
Há uma lista de candidatos que se
comprometeram a defender a vida em http://www.brasilsemaborto.com.br/?action=campanha&cache=0.1641827216371894
Mas atenção: só devemos dar o
terceiro passo depois de ter dado os dois primeiros.
Não adianta, por exemplo, que um
candidato pertencente a um partido comprometido com o aborto, venha depois
assinar um compromisso pela vida.
Cuidado com o voto
nulo!
Anular o voto pode trazer alguma
satisfação psicológica, mas acaba por contribuir para o aumento do mal que se
quereria evitar. Os votos nulos, assim como os brancos, não são computados (art.
77, §2º, CF). Mas eles acabam contribuindo para eleger o candidato mais
popular.
Para exemplificar: se dentre 1000
pessoas, nenhuma tiver votado branco ou nulo, todos os votos serão válidos e
ganhará o candidato que receber mais de 50% dos votos, ou seja, 501 votos. Mas
se dentre essas 1000 pessoas, 50 tiverem votado branco ou nulo, significa que
teremos apenas 950 votos válidos. Portanto, o mesmo candidato será eleito se
alcançar 476 votos.
Isso vale especialmente para o
segundo turno, se estivermos diante de dois candidatos insatisfatórios. O único
meio de se impedir a vitória do pior deles é votar no seu
adversário.
Anápolis, 4 de outubro de
2012.
Pe. Luiz Carlos Lodi da
Cruz
Presidente do Pró-Vida de
Anápolis
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