19/07/2009
DITADURA GAY: PSICÓLOGA CRISTÃ PODE TER DIREITOS CASSADOS
Por Felipe Pinheiro
Portal Guia-me:www.guiame.com.br
Em defesa dos seus interesses, a militância gay tem manifestado-se em passeatas e no próprio Congresso Nacional em favor de argumentos como o Projeto de Lei Constitucional 122, que torna crime a homofobia - medo e aversão ao homossexual. Amparado pela alegação de preconceito, ou a famigerada "homofobia", o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) tem ganhado força junto aos parlamentares. Contudo, segundo o deputado federal Paes de Lira (PTC), "há outras pessoas no Congresso Nacional que pensam de forma diferente e não aceitam também a criminalização da expressão do pensamento".
Defensora de um estado homossexual temporário, e não imutável, como afirmam aqueles que alegam ter nascido com tal orientação sexual, a psicóloga Rozângela Justino tem experimentado a sua liberdade de expressão cerceada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), um dos reflexos do que a doutora denomina como "Ditadura Gay". "Ativistas do 'movimento pró-homossexualismo' tentam invalidar as chamadas 'terapias de reparação', negando o reconhecimento do apoio aos que desejam voluntariamente deixar a homossexualidade", disse Justino, que poderá ter os direitos profissionais cassados em julgamento no próximo dia 31 de julho.
De acordo com a psicóloga, que acompanha desde 1987 pessoas que sofrem com o comportamento homossexual - este já classificado como um transtorno pela OMS (Organização Mundial da Saúde) junto com desvios como transexualismo, pedofilia e sadomasoquismo -, "profissionais da área da psicologia, mesmo acreditando na possibilidade de mudança daqueles que desejam deixar a homossexualidade, têm se recusado a atender pessoas em estado de sofrimento acometidas pela orientação sexual egodistônica [caso em que a homossexualidade é sinônimo de sofrimento para o indivíduo] com medo da 'ditadura gay' e da punição do CFP".
Em entrevista ao Guia-me por telefone, o deputado Paes de Lira, que substituiu o parlamentar Clodovil Hernandes em março deste ano, expressou apoio a Rozangela Justino e avaliou a ação contra a psicóloga como uma retaliação do movimento LGBT. "A doutora Rozangela nunca defendeu que as pessoas fossem compelidas a se tratar. Ele só procura ajudar aquelas que procuraram socorro. Será que o papel do psicólogo não é esse? Eu penso que sim".
Até mesmo no blog de Justino, internautas que desconhecem ou refutam o tratamento psicológico têm expressado opiniões que confundem o seu posicionamento profissional com uma pseudo postura fundamentalista religiosa. "Se você esteve na universidade, deveria ter aprendido que psicologia não é religião e vice-versa. (...) Evangelize quem você quiser e do jeito que você quiser, mas não coloque a Psicologia no meio disso. Respeito a opinião que você tem (apesar de não concordar), mas não admito que você coloque a SUA verdade acima de uma ciência séria (porque o que você faz não é sério, é uma estupidez sem tamanho)", afirmou o autor L.M sobre o artigo "A NOSSA HORA! Chegou a sua hora povo brasileiro! Chegou a sua hora, psicólogo brasileiro!", publicado no dia 21 de junho por Rozângela.
Manifesto do Silêncio
Desde que a ação foi movida e o seu julgamento remarcado (antes aconteceria no dia 29 de maio), Justino (que também atua como presidente da Abraceh - associação de apoio ao ser humano e a família), em parceria com aqueles que apóiam a liberdade de expressão, foi à Brasília no protesto "Manifesto do Silêncio", no qual os representantes utilizam máscaras e cartazes como: "Deixar a Homossexualidade é um Direito Humano e Constitucional".
"Tivemos a oportunidade de orar em todos os gabinetes, foi uma bênção", afirmou Edna Miranda, esposa do ex-travesti Joide Miranda. "Todos ficaram pasmos, perguntando se era o Joide mesmo, e que eles não sabiam que existiam trabalhos como esse, em que os homossexuais podem procurar ajuda para sair voluntariamente dessa conduta. Não sabiam que havia retorno à heterossexualidade", disse Edna que tem visto o testemunho do marido repercutir entre evangélicos e gays: "Todos [homossexuais] que ouviram o testemunho e nos procuram, pessoalmente ou pela Internet, sempre contam a mesma história - falta de base familiar, ausência paterna, abuso sexual. Eles achavam ter nascido nessa condição. Quando então ouvem o testemunho de um ex-homossexual, aí renasce uma esperança".
Leia entrevista na íntegra de Paes de Lima no portal guia-me.
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