Circula na net a síntese do artigo “O MOVIMENTO PRÓ-GAY X(?) NEO-NAZISTA” escrito por mim em 2003, publicado na Revista Ultimato, quando ainda não havíamos criado a ABRACEH-ASSOCIAÇÃO DE APOIO AO SER HUMANO E À FAMÍLIA (
http://www.abraceh.og.br/) e o filósofo e sociólogo francês Jean Baudrilard, citado no artigo, ainda era vivo.
Desde 2003, o cenário das igrejas evangélicas com relação à homossexualidade também mudou – o MOVIMENTO DE APOIO AOS QUE VOLUNTARIAMENTE DESEJAM DEIXAR A ATRAÇÃO PELO MESMO SEXO tem aflorado dentro das igrejas e estas acolhido cada vez mais os que estão homossexuais, dando-lhes apoio e compreensão.
Neste momento, em que igrejas e profissionais da área de psicologia e psiquiatria estão mais abertos para o apoio aos que voluntariamente desejam deixar a atração pelo mesmo sexo, ainda que este trabalho tenha passado a ser clandestino após o advento da Resolução 01/99, do CFP-Conselho Federal de Psicologia, a perseguição e opressão por parte de grupos contrários poderá ficar mais intensa a partir da minha condenação a CENSURA PÚBLICA pelo CFP no dia 31 de julho de 2009.
O que não mudou e que ficou mais claro para nós, que observamos os movimentos sociais ligados à liberação sexual é a sua estreita relação semelhante aos ideais do NAZISMO, ou seja, com o projeto de auto e hetero destruição, como os próprios pesquisadores do movimento da desconstrução social ‘queer’ relatam. Segundo a Dra. Guacira Lopes Louro (2001) e outros estudiosos, tal movimento social não está mais preocupado com a pessoa e nem com a garantia de direito - o alvo dessa política e dessa teoria não seriam propriamente as vidas ou os destinos de homens e mulheres homossexuais, mas em se divertir com o poder do seu movimento desconstrutor e o prazer em ser contra o sistema de crenças e valores instituídos pela sociedade que denominam “conservadora”.
Visto que DESCONSTRUIR é minar, escavar, abalar os alicerces, derrubando-os até destruí-los, tais movimentos acabam impondo a cultura da morte aos atacados ao planejarem o extermínio do homem macho heterossexual, como afirmou o Dr. Sócrates Nolasco, em 2001, e com ele, todos os demais seres humanos. Semelhantemente ao tempo da “inquisição” o que se pretende agora é “colocar os heterossexuais na fogueira” juntamente com toda a humanidade, inclusive os que vivenciam a homossexualidade. Não foi o que o próprio Hitler fez? Na época, Hitler que evidenciava características de pessoa na condição homossexual não poupou nem os seus semelhantes.
Enquanto cristãos, precisamos estar atentos ao cenário mundial e cumprir o nosso papel nesta geração que não encontra sentido para a vida - penso que vivemos no tempo da última colheita. Cumpriremos a nossa missão se seguirmos o mandamento "IDE" mais do que nunca: pregar o evangelho da Salvação de JESUS CRISTO a toda criatura.
Vejam o artigo completo, escrito por mim em 2003:
O MOVIMENTO PRÓ-GAY X(?) NEO-NAZISTA
Por Rozangela Justino
Agosto de 2003.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12:2)
O movimento pró-gay (movimento sócio-político-cultural para a transformação do mundo em gay) está mudando os costumes brasileiros – filmes e novelas já mostram cenas de relações entre casais que “estão” homossexuais, tanto masculinos quanto femininos. Há revistas que já exaltam a “beleza” do “tipo gay”. As passeatas gays estão se transformando em festa folclórica brasileira. Como o movimento de defesa das mulheres e de crianças/adolescentes têm trabalhado contra o marketing do cenário brasileiro associado às “mulatas rebolantes” devido ao tráfico/prostituição de mulheres/crianças/adolescentes, as passeatas gays se transformaram na bola da vez para atrair o turista nacional e internacional. Nestas, famílias levam seus filhos para apreciarem/divertirem-se às custas da miséria humana, embora os ativistas gays acreditem que as passeatas sejam medidas para melhor aceitação social de sua condição.
O termo “gay” é o adotado pelo movimento pró-gay. Consideram discriminatórias e preconceituosas as palavras homossexualidade, especialmente homossexualismo. Prefiro utilizar a palavra homossexualidade, pois designa o estado da pessoa, passível de mudança e não homossexualismo porque o radical “ismo” sugere doença. O manual de Classificação Internacional de Doenças-CID tem abolido a palavra “doença” e trocado-a pela “transtorno” para designar um conjunto de sintomas ou comportamentos associados a sofrimento com disfunção pessoal. Os termos atuais mais utilizados para falar sobre a homossexualidade são comportamento homossexual (atos) e orientação sexual (impulsos, fantasias, desejos homossexuais, heterossexuais e bissexuais).
Pessoas com a orientação sexual hétero, em situações especificas, quando da ausência das do sexo oposto, tais como prisão, serviço militar e outras, eventualmente, poderão praticar relação sexual com as do mesmo sexo. Em função destas experiências, algumas poderão desenvolver a orientação bissexual. Assim como a bissexualidade poderá ser desenvolvida, a partir de relações homossexuais na idade adulta, a homossexualidade poderá ser aprendida e desenvolvida ao longo da vida.
O comportamento homossexual é mais fácil de mudar - deixar de namorar homo, de freqüentar "points" gays ou namorar e casar com alguém do sexo oposto. Podemos dizer que a orientação seja mais “visceral”, conforme compartilhou comigo uma pessoa que vivencia a homossexualidade. A pessoa pode mudar o comportamento e lutar com a orientação. É possível a mudança da orientação homossexual, além do comportamento, embora a orientação possa levar mais tempo que o comportamento.
Quando alguém abandona a homossexualidade, a mídia divulga que a pessoa sofreu lavagem cerebral, foi obrigada pela igreja, família e sociedade - sofre discriminações por isto e é estimulada a se rebelar contra o seu próprio sistema de crenças e valores. Se um “corajoso(a)” apresenta o seu depoimento de mudança, publicamente, a tendência é ser levantada alguma suspeição acerca da pessoa - se a mudança realmente se concretizou ou não. Por estas razões, faz-se necessária a ampliação do nosso entendimento observando o contexto social, grupal e individual em que nos encontramos.
CONTEXTUALIZANDO
Vivemos num mundo em que, por um lado, nos deparamos com o movimento sócio-político-cultural dos ativistas gays e, por outro, o movimento dos neo-nazistas (grupos com raízes nazistas) - ambos influenciam toda a sociedade.
Os ativistas gays propagandeiam as maravilhas da vida gay - conquistaram a mídia, e usam o mundo acadêmico (parte das “Ações Afirmativas das minorias sociais para a garantia dos Direitos Humanos) para realizarem o projeto de “homossexualização da sociedade”. Os neo-nazistas atuam de forma a limpar, purificar e higienizar. Prontos para exterminarem os que vivenciam a homossexualidade da face da terra é possível que sejam os responsáveis por assassinatos diversos aos mesmos.
No passado, os neo-nazistas estiveram mais fortalecidos – certamente vão continuar utilizando formas mais sutis de discriminação. Será que serão “exterminados” pelo movimento pró-gay? Não. Tanto as idéias neo-nazistas, quanto as pró-gays continuam vivas no contexto social, que por sua vez atravessam os diversos contextos grupais e individuais e se influenciam mutuamente. De que maneira podemos identificar estas manifestações?
Contexto Social Brasileiro e Contextos Grupais
Dentro dos grupos pró-gays quando alguém se mostra insatisfeito com a homossexualidade há uma constante pressão para que se mantenha fiel ao movimento gay – há grupos de mútua-ajuda para as pessoas se fortalecerem e vencerem as pressões sociais/familiares e aceitarem a homossexualidade como algo que faz parte da sua natureza. Existem trabalhos, inclusive, com o apoio do Ministério da Saúde para que as pessoas “saiam do armário” (assumam a homossexualidade) para a família e sociedade. Os “gays” que não concordam com o trabalho e filosofia do movimento pró-gay são considerados “traidores”. Construíram a idéia de que aqueles que vivenciam a homossexualidade nasceram assim e não vão mudar. A estratégia é fundamentar conceitos de forma que o maior número possível de pessoas que “estão” homossexuais acreditem que “são” homossexuais.
Notícias sobre os neo-nazistas são veiculadas nos meios de comunicação e revelam que um dos seus modos de sua atuação tem sido através de gangues de jovens que aterrorizam pessoas que vivenciam a homossexualidade, especialmente, nas grandes cidades brasileiras. Através do Disque-Defesa, idealizado pelos ativistas-gays, diversas denúncias de agressão são recebidas, diariamente. Pessoas são agredidas a bofetadas, quando não são assassinadas, além de sofrerem agressões verbais.
Como os ativistas gays são bem articulados e parecem apresentar forte interesse político/econômico em manter os grupos de oposição para se apresentarem como vitimizados suspeita-se das estatísticas que apresentam, bem como de que muitos grupos de agressores estejam a serviço dos próprios ativistas gays, pois se não há agressores e denúncias, os ativistas gays não poderão justificar a necessidade de defesa da sua ideologia política e nem poderão sustentar financeiramente as suas ongs, empenhadas na construção sócio-político-cultural para a transformação do mundo em gay.
Sócrates Nolasco, em seu livro “De Tarzan a Homer Simpson”, Ed. Rocco, 2001, realiza estudos sobre a violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais e faz um alerta quanto ao sistema político-social-cultural que vem sendo construído, onde o homem (macho e heterossexual) é apresentado como um ser violento, representante do próprio mal. Pautado em diversos autores, dentre eles o Jean Baudrillard (um francês considerado um dos mais provocativos pensadores da contemporaneidade), declara que o homem heterossexual está sendo enfraquecido/exterminado - o que já constatamos. Nolasco aponta como possíveis responsáveis por detonar o homem neste momento da história mundial: os grupos feministas e o movimento ativista gay. “O homem heterossexual, considerado herdeiro direto do sistema patriarcal, foi colocado como inimigo do propósito de liberação sexual representado pelo movimento de mulheres e gay.” (NOLASCO, 2001, p.187). Também nos alerta para o perigo da humanidade ser destruída, pois se o homem heterossexual for destruído, toda a humanidade também o será, pois a destruição do outro sempre gera a sua própria.
Leonardo Boff, no livro “Feminino e Masculino – uma nova consciência para o encontro das diferenças”, Rio de Janeiro, Ed. Sextante (GMT Editores Ltda.), 2001, embora com outro enfoque, apresentam as mesmas preocupações de Nolasco: “A humanidade está passando inegavelmente por uma crise que atinge os fundamentos da sua subsistência na Terra.” (BOFF, 2001, p.17). Interessante é que Leonardo Boff faz parceria neste livro com a Rose Marie Muraro, que é conhecida pelas suas idéias feministas e pró-gays.
A preocupação de Boff está em convocar homens e mulheres para unirem forças e encontrarem um meio de sobrevivência diante do que está sendo vivido. Parte das considerações acerca dos gêneros masculino e feminino e declara que os estudos constatam que há uma diferença entre o homem e a mulher e que estas foram construídas pela cultura e sociedade, assim como as relações de dominação entre os sexos e os conflitos advindos desta construção. Por estas razões, para Boff faz-se necessária uma redefinição das relações de gênero para “(...) junto com outras forças, nos ajudem a construir uma alternativa salvadora para a humanidade e para a própria Terra.” (BOFF, 2001, p.18)
O psiquiatra Fábio Damasceno, no artigo publicado no Boletim de Psicoteologia do CPPC-Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, em janeiro de 1989, denominado ”Modelos Familiares” analisa o Patriarcado Formal e as suas conseqüências, assim como os modelos Matriarcado e o Creantiarcado e propõe o “Patriarcado Informal”. Neste, a família é centrada na relação co-participativa entre o casal e relação vertical/horizontal quando no papel de pais na relação com os filhos. Assim, o direcionamento da família parte dos pais ao mesmo tempo em que mantém um canal de diálogo com os filhos. Parece que a co-participação traz maior harmonia para o casal, além de propiciar uma base segura para o desenvolvimento da identidade dos filhos.
Contexto Evangélico:
Observamos que a crise do macho e fêmea chegou ao mundo evangélico - homens e mulheres estão longe de serem co-participantes, companheiros, conforme o propósito do Criador. Cada denominação percebe as Escrituras de uma maneira diferente, mas a maioria entende que o gênero masculino deve dominar o feminino. Quando os homens se deparam com versículos bíblicos, onde são exortados a “amarem as suas esposas como Cristo amou a igreja e por ela se entregou até a morte”, muitos dizem que isto é para ser vivido na eternidade, conforme já ouvi de um colega. Creio que o ser humano foi chamado para amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo - a submissão em amor deverá ser mútua entre o casal.
A igreja não está imune à crise dos homens e mulheres casados – os divórcios estão crescentes – muitos advogados da área de família declaram que as causas-divórcio, na maioria dos casais, está associada a desentendimentos sexuais. A pornografia (via revistas, jornais e internet), a utilização de objetos e apetrechos diversos para auxiliar a prática sexual, o obrigar a esposa a relações que elas não desejam, além do adultério com parceiros homos e héteros, conjugado muitas vezes com o abuso sexual dos filhos, já faz parte do cotidiano do casal evangélico brasileiro.
Como os casais estão em crise – as famílias também. Estas refletem um conjunto de desconfortos advindos do meio social e muitas estão se deparando com a homossexualidade em seus lares, assim como a igreja com pessoas em luta contra a homossexualidade fazendo parte do seu rol de membros. Também não é de nos espantar a filosofia ativista gay e neo-nazista no seio da igreja.
O Neo-Nazismo nas Igrejas:
Observa-se o neo-nazismo nas igrejas quando é conhecida a existência dos que vivenciam a homossexualidade e não há espaço para que possam falar sobre os seus conflitos - o que pode gerar “morte” para estas pessoas. Nega-se a realidade de que nas igrejas há quem necessite de libertação da homossexualidade e pensa-se que ela está “limpa”, “purificada” deste tipo de pecador.
As idéias neo-nazistas também são constatadas nas pregações quando todos os que apresentam fantasias, desejos homossexuais e/ou vivem vida dupla são condenados pelo pregador a irem para o fogo do inferno – é uma forma de exterminar a quem já se desistiu de ajudar por não sentir que a igreja tem competência para tal.
Uma outra forma de extermínio na igreja é quando se evita o contato com as pessoas que vivenciam a homossexualidade com medo da “contaminação” através delas. Homens têm medo de conviver com outros que estão sob suspeição de estarem homossexuais ou quando apresentam trejeitos homossexuais – afinal, se for amigo destas pessoas o que vão pensar a seu respeito?
Observamos muitas outras formas de extermínio a pessoas que vivenciam a homossexualidade nas igrejas, mas uma muito comum é a exclusão de membros quando se torna pública a sua homossexualidade. Sem qualquer preocupação da igreja em ajudar a estas pessoas - simplesmente são colocadas para fora, a fim de limpar o espaço, como se dentro das igrejas não tivessem tantos outros pecadores que persistem em seus pecados praticando a injustiça, idolatria e outros pecados.
O Potencial Terapêutico e Restaurador da Igreja:
A igreja tem um grande potencial terapêutico e curativo para todo e qualquer pecador. Seria viável a restauração das pessoas que vivenciam a homossexualidade, se não fosse a ignorância de muitas igrejas, o medo do desconhecido e a forma de proceder, incoerente com os ensinamentos de Jesus Cristo. Na verdade, estas, em vez de se constituírem um espaço de refrigério e restauração para as pessoas acabam afastando-as, trazendo-lhes mais sofrimento.
Stu Weber, em seu livro “Um Abraço Amigo” da Editora Quadrangular, 1995, embora tenha sido escrito para homens que não vivenciam a homossexualidade, as suas afirmações são aplicadas a estes. Weber nos aponta um caminho para a restauração e fortalecimento dos homens: Homens aprendem a ser homens na relação com outros homens, quando criam e realizam projetos juntos, são afetivos uns para com outros e permitem-se abraçar de forma afetuosa uns aos outros.
Homens/mulheres que vivenciam a homossexualidade necessitam da aceitação pessoal e confirmação da sua masculinidade/feminilidade, principalmente por parte de pessoas do mesmo gênero. Apresentam uma carência incomum do amor por pessoas do mesmo sexo e precisam ser amados(as) e acolhidos(as) como um pai/mãe ama e acolhe a um(a) filho(a). Carecem do carinho, respeito e consideração, sem que abusos sejam cometidos em proveito das suas fragilidades e carências emocionais.
Constata-se que na experiência de diversos rapazes que deixaram a homossexualidade masculina, quando os homens da sua igreja, espontaneamente, os acolheram, sentiram-se supridos, emocionalmente, e aprenderam a separar o afeto do sexo, assim como a estabelecer vínculos saudáveis nas relações com os do mesmo sexo.
O que acontece é que o medo e o desconforto dos homens faz com que se afastem dos que “estão” homossexuais. Só lhes resta o convívio com os que têm as mesmas dificuldades que eles onde se sentem mais à vontade, compreendidos e aceitos. Incorrem, então, no risco da mistura do afeto com o sexo na relação com os iguais, enquanto não estiverem completamente restaurados.
Ativismo gay nas igrejas:
Notamos que a igreja está sob a influência do pensamento ativista gay quando declara que todo pecado é passível de perdão, mas na prática, não acredita que o pecado da homossexualidade possa ser abandonado e perdoado – é como se as Escrituras não se aplicassem a este exemplo de pecador – acredita-se que o pecado da homossexualidade seja como o pecar contra o Espírito Santo – não há perdão.
Um outro exemplo é quando perguntamos à igreja quantos gêneros Deus criou: ela irá responder que masculino e feminino até se deparar com alguém que vivencia a homossexualidade – na realidade prática, as pessoas pensam como os ativistas gays: a homossexualidade é um terceiro sexo, uma nova raça.
A influência pró-gay é percebida na igreja de maneira sutil, velada – a forma declarada ocorre através do movimento gay-cristão. Neste, reúnem-se aqueles que não acreditam que a homossexualidade possa ser um comportamento abandonado, muito pelo contrário, procura-se respaldo bíblico para o mesmo.
O desejo de ser aceito e amado por Deus, o não ter encontrado espaço na igreja para compartilhar as suas angústias, as incertezas de que seria acolhido com afeto se abrisse o seu coração para os irmãos, associado ao fato de que para deixar a homossexualidade, necessariamente, teria que entrar em contato com o sofrimento no enfrentamento das verdades motivadoras ao desenvolvimento da sua homossexualidade, se não for uma pessoa persistente em objetivos à longo prazo, desiste de lutar contra a homossexualidade. Como deseja muito a comunhão com Deus e carece do amor dEle, passa a tomar como verdade que a Graça e aceitação de Deus são suficientes, sem necessidade de qualquer mudança em seu comportamento, que o que Deus quer é a nossa felicidade, ... e concluem que não há mal na homossexualidade.
Reflexo do neo-nazismo/ativismo gay dentro e fora das igrejas:
Uma vez tendo recebido o “rótulo homossexual” é muito difícil a pessoa ser olhada como um homem e/ou mulher criados à imagem e semelhança de Deus, lavada e remida pelo sangue de Jesus, restaurada para a eternidade. Os sobreviventes que deixaram a homossexualidade e estão nas igrejas são verdadeiros heróis, merecedores de respeito e consideração, pois enfrentaram/enfrentam todo tipo de discriminação através das ações neo-nazistas e ativistas gays dentro e fora das igrejas. São apontados como o “ex-gay”/“ex-lésbica” e não como um homem ou mulher que um dia esteve homossexual, mas que não é e nunca foi “homossexual” (gay ou lésbica), mas homem ou mulher criados à imagem e semelhança de Deus e que, por algumas razões, desenvolveu a homossexualidade.
Este é o único pecador que carrega o rótulo homossexual para o resto da vida em sua comunidade ou tem que estar sempre provando de alguma maneira que deixou a homossexualidade (comportamento e orientação homossexual). O fato de ter deixado este comportamento não significa que a pessoa tenha desenvolvido a heterossexualidade, mas elas são cobradas a provarem que saíram da homossexualidade através de ações próprias dos que desenvolveram a heterossexualidade como casar-se, ter filhos, etc.
Contexto Individual
Ao nascer a criança não tem consciência do seu sexo biológico e nem do papel social masculino e feminino ligado a sua pessoa. Quando começa a perceber o Eu diferente do TU, assim como as diferenças sexuais pode entrar em contato com a realidade de que não escolheu ter nascido menino ou menina.
A aceitação do seu sexo biológico e o sentimento de pertencimento ao mesmo gênero irá depender de diversos fatores psico-sócio-cultural-familiar associados à própria percepção e leitura do mundo que cada um faz. Também está relacionado ao aspecto afetivo ligado à aceitação/carinho de sua pessoa como um todo, bem como se as pessoas do mesmo gênero são bem vistas ou não por aquelas a quem está ligado afetivamente.
Pessoas que vivenciam a homossexualidade queixam-se de terem sofrido “bullying’ na infância e/ou adolescência. Bullying é uma palavra inglesa que representa todas aquelas situações desagradáveis provocadas por uma criança e/ou adolescente contra um(a) outro(a), causando dor, tristeza ou humilhação. Podemos citar como exemplos de Bullying as seguintes ações: botar apelidos; agredir (bater, chutar, empurrar, beliscar, etc); excluir ou isolar do grupo; roubar ou tirar pertences; rasgar ou quebrar o material escolar/brinquedo; discriminar (não respeitar as diferenças entre as pessoas); perseguir; ameaçar; inventar histórias falsas sobre alguém; etc. Portanto, Bullying pode ser entendido como zoar, gozar, sacanear, implicar, ‘pegar no pé’, perseguir, encarnar, etc.” (ABRAPIA, 2002).
O bullying é aplicado para diversos tipos de violência (física, psicológica e sexual) cometido entre os pares na infância e/ou adolescência com conseqüências para a vida adulta. Pessoas que vivenciam a homossexualidade continuam sofrendo bullying na vida adulta ou vivem estressadas devido ao receio da repetição de tais violências.
Realizei uma pesquisa exploratória juntamente com a colega Sylvanir Castro, na PUC-Rio, em 2002, para verificar as violências sofridas na infância e/ou adolescência e os seus reflexos na vida adulta com diversos grupos, dentre eles o de pessoas que vivenciam/vivenciaram a homossexualidade. Este foi um dos que mais relatou ter sofrido violências na infância e/ou adolescência.
As violências mais citadas foram as agressões verbais, discriminações e abusos sexuais e as demais: criação diferente da cultura/costumes do país ou lugar em que nasceu, opressão emocional e espiritual, presenciar cenas de violência, abandono, agressão física, negligência e exploração sexual.
Rosa Cukier, psiquiatra, psicanalista e psicodramatista, em seu livro “Sobrevivência Emocional”, São Paulo, Agora, 1998, em seus estudos sobre as dores da infância revividas no drama adulto, declara que:
“(...) quando uma criança percebe que um adulto está sendo injusto ou abusivo, sente raiva, mas nada pode fazer a não ser se submeter. Tal submissão forçada gera, por sua vez, sentimentos de vergonha, humilhação e inferioridade que jamais serão esquecidos, apesar de todos os esforços que fizer para negá-los, disfarçá-los e/ou modificá-los.
Nestes momentos de tensão a criança decide algo secreto, como se fosse uma espécie de juramento consigo mesma, e que consiste basicamente num pacto de vingança e ou resgate da dignidade perdida. Algo como: ‘Quando eu crescer e tiver o poder físico que os adultos têm, nunca mais vou permitir que façam isso comigo ou com as pessoas que amo’.
Em suma, por trás das dificuldades dos meus clientes adultos, comecei a perceber a existência quase que sistemática de uma criança com seus projetos de vingança e resgate da dignidade perdida, e que, exatamente pela perseverança do projeto infantil, acabava criando as dificuldades adultas atuais.” (CUKIER, 1998, p. 24)
É possível que as violências sofridas na infância e/ou adolescência tenha favorecido o desenvolvimento da homossexualidade de muitas pessoas. O comportamento homossexual na vida adulta também poderá ser uma forma de repetir os jogos sexuais vividos na infância. No que se refere ao abuso sexual, no Brasil, 165 crianças ou adolescentes sofrem abuso sexual por dia ou 7 a cada hora e 50% das vítimas se tornam abusadores. (ABRAPIA. Abuso Sexual: mitos e realidade. Coleção Garantia de Direitos – escola e comunidade. 4a. edição. Petrópolis, RJ : Editora Autores e& Agentes e& Associados, 2002, p.7)
Na pesquisa exploratória já citada acima, verificamos os sentimentos que as pessoas experimentaram com os abusos que sofreram. Quanto ao abuso sexual, o sentimento mais citado foi o prazer, seguido da vergonha, culpa, confusão e medo. Interessante que estes são os mesmos sentimentos que percebemos no cotidiano da maioria dos que vivenciam a homossexualidade.
Parte destas pessoas parecem procurar o afeto na relação com o mesmo gênero; outras, são impulsionadas pelo prazer que o “jogo” da relação homossexual proporciona. Este prazer que acompanha a vida de algumas, é possível que tenha se iniciado a partir dos abusos que sofreram na infância e/ou adolescência.
Há casos em que pessoas parecem ser movidas pelo sentimento de “liberdade” no intercurso sexual com os do mesmo sexo, onde também se sentem mais “compreendidas” e “aceitas”. Com o igual elas experimentam maior segurança, sabem o que fazer e acreditam que só com estes têm condições de sentir o prazer que desejam. Também há o mito de que estas “brincadeiras” só podem ser feitas entre o mesmo sexo - é como se houvesse alguma interdição quanto ao “brincar” com o sexo oposto.
Tal interdição parece semelhante à cultura masculina hétero antiga. Entendem que os homens não podem ter liberdade sexual com as mulheres que se casam só com as prostitutas. As mulheres devem ser tratadas como mãe/irmã e as que se mostram mais fogosas, sexualmente falando, são olhadas com desconfiança como se fossem prostitutas. No caso dos que vivenciam a homossexualidade masculina estas sensações são mais intensas levando-os a perceberem todas as mulheres como mães/irmãs e as que se mostram erotizadas na relação com eles podem gerar em muitos deles verdadeiro pavor. Tudo isto reforçado pelo sentimento de menos-valia e falta de ressonância interna de sensações que confirmem a sua masculinidade. Daí o fato de muitas pessoas que praticam a homossexualidade acharem que só vão poder experimentar o prazer e a liberdade na relação com o igual.
A homossexualidade parece fruto de um somatório de fatores, deixando muitas pessoas confusas e estas necessitam de uma rede de apoio, de um espaço relacional que favoreça a compreensão das mesmas. Todo este relato é para podermos entender melhor de que forma a influência neo-nazista/ativista gay atravessa o contexto individual.
A influência pró-gay e neo-nazista no contexto individual:
O Pr Víctor Orellana, em declarações às revistas Eclésia (Ed. Bompastor, ano 8, nº 86, 02/2003) e Época (Ed. Globo, nº 254, 31/03/2003) optou por sair da igreja Assembléia de Deus e montar a sua própria igreja gay-cristã, ou seja, aceitar a sua homossexualidade, após ter sido assediado pelo dirigente de sua igreja e pensou: “Por que eu me culpo a ponto de me anular, enquanto dentro da igreja há esse tipo de hipocrisia? (ÉPOCA, 2002, p.16)
No imaginário de muitas pessoas não há nada demais em abusar sexualmente de pessoas que vivem a homossexualidade ou que estão na prostituição. É possível que para muitas delas Víctor Orellana continuou sendo a pessoa que precisava mudar o comportamento, pois já era do conhecimento da sua comunidade (pelo menos do seu conselheiro abusador) a sua vivência homossexual, mas, possivelmente, quem abusou sexualmente dele continuou na igreja, sem qualquer arrependimento, como se não tivesse pecado.
As violências sofridas ao longo da vida trazem muitos reflexos negativos para a vida das pessoas em geral - nos que vivenciam a homossexualidade é comum a baixa auto-estima, ansiedade, depressão, comportamentos obssessivos-compulsivos e necessidade de auto-punição, devido a um forte sentimento de culpa que carregam. O sofrimento emocional acaba interferindo no físico, contribuindo para a baixa imunidade e vulnerabilidade à contração de doenças, infecções, inclusive a AIDS.
Além da fragilidade emocional e a física, também existe a espiritual, pois está sempre confrontando os seus sentimentos com os seus próprios valores. A vida de muitos gira em torno destes sentimentos e emoções onde empregam toda a sua energia em detrimento de outras áreas como estudo, trabalho e convívio social.
Os sentimentos advindos da influência pró-gay/neo-nazista são especialmente aflorados diante das situações de tensão. Muitos vão buscar alívio através da pornografia (revistas e internet), masturbação mútua, práticas sexuais com objetos e mais de uma pessoa, abuso de crianças e adolescentes. São comportamentos que acabam entrando num círculo vicioso: tensão-excitação-prazer-alívio; acrescenta-se, dependendo da pessoa: culpa- auto-punição.
Os espaços anônimos como cines pornôs e banheiros públicos, são muito procurados por aqueles que “estão” homos, onde praticam sexo oral e anal com pessoas desconhecidas, colocando em risco a sua própria vida, bem como a vida do próximo. Quando a pessoa é casada poderá levar enfermidades de todo o gênero para o cônjuge. É uma forma de auto/hétero extermínio – é o ativismo gay/neo-nazismo entrando no contexto individual – uma forma de dizer: “eu não tenho mais jeito / eu nasci assim / vou acabar comigo e com o outro.” Vivem o que chamo de “Complexo de Gabriela: Eu nasci assim, eu cresci assim”. A crença de que a homossexualidade faz parte da natureza é a raiz tanto do pensamento pró-gay quanto do neo-nazista.
Alguns adotam o uso do preservativo (camisinha), acreditando que seja confiável, porém diversos estudos apontam para o fato de que a camisinha não previne contra o vírus da Aids. Nem mesmo para impedir a gravidez é um método seguro. A verdade é que com ou sem a camisinha as pessoas colocam em risco as suas próprias vidas e a dos outros, tornando-se este um problema de saúde pública.
Vez por outra jornais e revistas noticiam: “Cinemas pornôs são reduto de sexo clandestino – salas viram palco de relações sexuais e freqüentadores são passíveis de detenção por prática de ato obsceno” (Jornal “O Globo”, 30/07/2000, RIO p.29) ; “Noites perigosas: o medo da aids diminui, a prevenção afrouxa e cresce a infecção entre os gays jovens” (= adolescentes e jovens) - Revista Veja, 25 de julho de 2001, p. 66. Estas notícias mostram que as pessoas são impulsionadas pela compulsão sexual – ausência de controle dos seus impulsos, fazendo com que coloquem em risco tanto a sua saúde física e emocional, quanto também a sua moral.
Nos EUA e Suíça as propagandas preventivas estão voltadas para a reeducação do povo e para a abstinência sexual, porém, no Brasil, ainda se bate na tecla de que com o povo brasileiro não dá para trabalhar a prevenção de forma educativa. O brasileiro é visto pelas autoridades como ignorante e a camisinha tem sido exaltada como a grande “salvadora” da população brasileira, um povo que se deixa exterminar, especialmente aqueles que vivenciam a homossexualidade.
Estes são como bodes expiatórios de seu contexto grupal e social. Por um lado a sociedade apóia os que vivenciam a homossexualidade tendo como pano de fundo os interesses políticos e econômicos. Por outro lado, as pessoas são tratadas como “o(a)” personagem da composição do Chico Buarque de Holanda: “Geni” – feita para apanhar, ser cuspida e considerada maldita.
Observações finais - O Fenômeno da Individuação – A Liberação Sexual
O mundo está sendo preparado para negar a importância da sexualidade heterossexual, conforme propósito do Criador e entrar na era da liberação sexual/individualização. O que importa é o máximo de prazer individual que cada pessoa pode obter, a auto-realização onde tudo pode, inclusive a homossexualidade, como vários pensadores e estudiosos dos movimentos sociais já têm denunciado.
Não é casual a união entre os movimentos feministas (que querem exterminar os homens heterossexuais do modelo patriarcal), os movimentos pró-gays e a revolução cientifica, como nos chama a atenção Jean Baudrillard (1999), em seu livro, A Ilusão Vital, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, publicado em 2001: “A primeira fase da liberação sexual envolve a dissociação da atividade sexual da procriação, (...). A segunda fase, na qual começamos a entrar agora, é a dissociação entre a reprodução e o sexo. Primeiro, o sexo foi liberado da reprodução; hoje é a reprodução que é liberada do sexo, por meio de modos de reprodução assexuais e biotecnológicos, tais como a inseminação artificial ou a clonagem total do corpo.” (BAUDRILLARD, 1999, p. 16)
Muitas pessoas entendem a homossexualidade como uma forma de se rebelar contra Deus. Baudrillard entende que a “A morte de Deus” representa mais do que a eliminação do princípio religioso como um princípio de organização social; ela corresponde à restrição de uso do universo simbólico ao tecnológico e ao mercadológico. Temos então a recriação do humano segundo a imagem e semelhança da máquina. Surge o transexual, o transeconômico, o trangênico e o transestético como representações pós-modernas do sujeito contemporâneo.” (BAUDRILLARD, J., Simulacros e Simulações (1991); Tela total (1997); A Transparência do Mal (1992), in NOLASCO, De Tarzan a Homer Simpson: banalização e violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais. Rio de Janeiro: Rocco, 2001, p. 115)
“E não vos conformeis com este mundo , mas transformai-vos ....”(Romanos 12:2)
Rozangela Alves Justino
(psicóloga CRP 05/4917)
rjustino@urbi.com.br ou
rozangelalvesjustino@ig.com.brAgosto de 2003.